terça-feira, 10 de novembro de 2009

Volta

Depois de alguns meses de férias este blog volta à ativa, mas ainda resta a dúvida de quais caminhos seguir, do que falar e da importância deste último. As férias foram coletivas - minhas, do blog, da produção textual espontânea. Reflito se a parada reflete uma certa omissão ou um auto-silenciamento. Não encontro respostas. Há apenas a necessidade do retorno, reinício, do resetar-se.

Tudo ainda é muito nebuloso, mas fica a sensação da permanência, do compromisso com o "Coeur vagabond" e com tudo mais que envolve esta volta.

No mais, tudo continua dolorosamente igual há quatros meses: a mesma rotina, o mesmo percurso, trabalho, os mesmos afetos, expectativas. O que aumentaram mesmo foi o número de desafetos e de cabelos brancos.

Depois de escrever estas pequenas linhas sinto que ainda estou no vazio. Mas há muito a percorrer, soprariam nos meus ouvidos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Geleia geral

por acaso tou lendo Torquatália. Eu conhecia o Torquato por causa das suas parcerias com os baianos e das referências a ele em Verdade Tropical. Grande surpresa ter contato com seus textos, universo. Ainda estou digerindo-o, mas intuo que já entrará para o hall dos meus preferidos.

Pra homenageá-lo, esta composição que o Caetano fez quando foi visitar os pais do Torquato uma semana depois que ele havia morrido. A canção é hiper singela e depois que soube da história passei a amá-la ainda mais.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A força que nunca seca

Voltei de Boa Viagem sozinha de madrugada. Depois de um dia tão duro com tantas pressões refugiei-me em Chico César. Era uma tentativa de afastar o desespero. Acho que funcionou

Vontade de Surubim

Ontem no meio do turbilhão de trabalhos cotidianos senti um vazio, algo como uma espécie de pesar nostálgico do espaço e do tempo agrestino que estão nas minhas melhores memórias. Ali, naquela caatinga à beira do Caiai, vivi os melhores momentos da minha infância. A cidade era minha e a possibilidade de tê-la como uma propriedade deixava-me imensamente segura.

Vivia a correr entre as suas ladeiras, a andar naquelas calçadas singelas e a sonhar escondida no carramachão. Nos altos das goiabeiras pude explorar uma perspectiva obtusa da cidade que me acolhia ante à solidão.

Há, nas minhas lembranças de Surubim, uma melancolia dolorosa que me faz descartar a sisudez habitual e me leva às lágrimas contidas. Ao perceber que a cidade não mora mais em mim, sempre que volto lá, sinto-me renovada e triste.

Aqueles cheiros pueris, as cores do casario, que já não existem mais, os sons clericais estão latentes como nunca. A onipresença da caatinga perpetuou eternamente a minha vida e hoje esta paisagem está entranhada em mim.

Existencialmente, a generosidade do tempo agrestino foi fundamental pra definir quem eu sou.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Abaixo aos amores burocráticos

Tá, eu não sou nenhuma Carrie Bradshaw, mas há três coisas que, confesso, gosto de falar: sexo, relação e vida alheia. E foi pensando nesta tríade que decidi escrever um pouco sobre amores burocráticos e o quanto eles são nocivos.

Amores burocráticos são aqueles em que a presença do outro é imposta e que o assujeitamento é tão latente que em todos os momentos a dois você sente a repressão e o não-afeto, ou seja, em vez de conquistar delicadamente seu espaço, o pseudo-parceiro coloniza-o, trazendo com isso tudo o que há de pior. Para tanto, sutilmente, ele impõe a sua presença durante todo o seu final de semana. Quando estão juntos, nas horas em que você conversa coisas amenas, ele tenta persuadi-la a achar, por exemplo, que o tucanato paulista é uma coisa maravilhosa. Enfim, eles são reacionários, óbvios e medíocres.

Amores burocráticos cobram ligações telefônicas diárias e satisfações de como foi o seu dia – do momento em que vc abriu os olhos até o do fatídico encontro. Essa pretensão de saber do outro respalda a insegurança e a não-compreensão do desejo alheio que em muitos momentos não apontam para ele.

Amores burocráticos passam a oprimir seus sonhos e desejos futuros pq exigem estar neles. Outro exemplo, nas primeiras semanas de namoro eles incluem-se em seus planos de viagem que ocorrerão daqui a três meses. Pra eles não existe individualidade. Ao contrário, vivem eternamente desrespeitando-a.

Amores burocráticos não têm pegada e nem despertam tesão porque tudo na relação que eles propõem soa falso, forjado. Eles não se liberam das amarras das convenções e fazem delas sua armadura, tentando defender-se da possibilidade de ser algo que não é superficial.

Amores burocráticos preocupam-se com convenções, status, para poder dar satisfação ao ego e aos olhares alheios. Eles querem mostrar ao mundo que cumpre as normas pequenas burguesas de namorar, casar, ter filhos e constituir família.

Amores burocráticos são anacrônicos, não conseguem acompanhar as mudanças de perspectivas, não entendem as novas ideias. No campo emocional, tudo o que foge do plano da segurança, tudo que cheira ao risco lhes soa indigesto.

Amores burocráticos são anêmicos e glutões. Não exploram novos ambientes. Gosto de lugares caretas e conversam sobre coisas caretas. Se alimentam da tradição e não oxigenam suas vidas com o contemporâneo, novamente, com o novo. Preferem um prato cheio aos sabores diminutos da pequena poesia cotidiana.

Amores burocráticos são carentes e isto deve-se ao fato deles perceberem-se indesejáveis no sentido mais sexual do termo. Nada neles sugere o afeto, a conquista.

Amores burocráticos são feios e vestem-se horrorosamente. Aqui também eles não ousam. Preferem vestir-se com algo que o filie a qualquer bobagem a ter que mostrar seus posicionamentos, suas convicções.

Amores burocráticos são grosseiros e mal-educados, pois não compreendem a pequena ética do afeto, da compreensão e da liberdade. Na tentativa de justificarem-se, eles evocam uma história familiar triste, um trauma antigo, mas eles esquecem que o afeto é o lugar da leveza, da plenitude e não o espaço escape da frustração.

Depois de tantas tentativas de definir os amores burocráticos, cabe-nos dizer, ou melhor, repetir, que eles são burocráticos porque seguem as regras, os padrões alheios e as convenções amorosas. Contraproducentemente, eles despertam no outro sentimentos que vão do desprezo ao asco.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

voltando pro começo

É redundante e já falei disso outras vezes aqui, mas conhecer João Gilberto foi definitivo pra mim. Meu conhecimento e minha sensibilidade musical foram profundamente modificados com a descoberta do repertório e do modo de cantar de João.

Esta música que tou postando hoje é do Dorival Caymmi. Não sei por quê, mas tem alguma verdade nela.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu não quero ser José Mindlin

Querida Ju,

acho que precisamos fundar logo aquela grupo que havíamos pensado em criar quando estávamos em terras fluminenses. Você acredita que desde que cheguei já acrescentei mais dois objetos de desejo a minha prateleira branca? Confesso que um deles foi o "Prenez soin de vous".

Mas amiga, o que será que nos move a esse desejo compulsivo de adquirir aqueles retângulos de folhas? De onde vem tanta devoção a um ser que é tão egoísta, tão instável e cheio de verdades insurportáveis?

Você se lembra quantas vezes, ao longo de nossas vidas, ele nos pediu mais atenção e, submissamente, deixamos tudo para dedicar-lhe algumas horas? Quantas vezes economizamos, apertamos o orçamento, cortamos surpéfluos - comer, por exemplo, e aplicamos e gastamos tudo com ele?

É, mas parece que ele não reconhece o impacto que causa às nossas vidas. Será que ele já pensou nas mudanças que nos trazem? Acho que não. Como diz minha vó: "ele é tão dono de si". Por isso, precisamos organizar a confraria para tentar estelecer e construir uma relação saudável com ele. Curadas, a racionalidade reinará.

"Só por hoje, não comprei um livro". (MENTIRA)


* Em breve o estatuto e os primeiros passos do provisório MALDA (Mulheres que Amam Livros Demais Anônimas).

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Tietagem singela

O burburinho descabido, a movimentação intensa, os olhares superdimensionados e unidirecionais. No meio de tudo aquilo, entrei pelo lado esquerdo. Meio desajeitada aproximei-me. O contato com o autor que respeito infinitamente se deu assim de forma prasaica e quase imaginária. Trocamos algumas palavras. Chamei-o de sr. Falei algo sobre admiração. Conversamos sobre conhecidos em comum. Tudo como um flash. Ele se mostrou doce, amável e sincero.

Naquele momento, apesar de cultivar uma paixão adolescente por Chico, que estava há um metro de distância na mesma mesa, Milton Hatoum era maior pra mim. Seus livros, ou melhor, sua escrita me atraia mais. Hoje tenho aqui na prateleira um exemplar de Cidade Ilhada autografado, mas que bobagem!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Confissão pós-férias

...voltar à vida real é um pouco complicoso. Sobrevive impiedosamente o estranhamento. Fico com a sensação de descompaço. Tenho muito a dizer, mas o que me sai são apenas sílabas imaturas que juntas não formam coisas alguma, apontam para o nada. Por isso, ainda não estive aqui para relatar viagens ocorridas, experiências sensoriais, afetivas e, acima de tudo, emocionais.

Preciso administrar-me. Antes disso permaneço tentando compreender Leite Derramado e a escrita buarqueana. Simultaneamente, recordo de Paraty, da Flip,...


quinta-feira, 2 de julho de 2009

paraty

tou na FLIP em Paraty. Tudo aqui me soa demasiadamente singelo. Há aqui um misto de badalação e paixão por literatura.

Volto na próxima semana com detalhes da odisséia portenha e das histórias na cidade fluminense.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

férias

este blog está temporariamente fora do ar. a autora dele está de férias na argentina, mas como ela é workholic aproveitou para apresentar-se num congresso de cinema. ou será que foi o contrário?

vou indo que aqui tá um frio da porra.

domingo, 7 de junho de 2009

Zii e zie: brincando de reinventar-se duplamente

Esse blog tá mudando de vibe a partir de hoje. Assim como estou entrando em uma nova fase da minha vida, ele também entrará em outra época. Sem impressionismo, sem personalismo e sem parcialidade - tá eu não acredito que o ato de escrever escape desses pressupostos, mas vamos tentar.

Aqui, só falaremos de música, artes visuais - incluindo cinemma e fotografia, literatura e, sobretudo, proto-filosofia. Tentarei elaborar mais o nível dos posts e despir-me de mim.

Pra começar falaremos de Caetano, que é o patrono-mor deste espaço. Esse baiano surpreende-me a cada CD lançado. O tios e tias (Zii e Zie) é um bom exemplo da força inventiva deste senhor que vive entre tapas e beijos com a crítica. Acho que esta relação tempestiva com a crítica deve-se ao fato dele arriscar-se mais que os artistas da sua geração e isso causa um certo desconforto na expectativa dos jornalistas. A imprevisibilidade é sempre desconfortável.

Mas o tropicalista em busca do novo e fugindo da repetição e dos enquadramentos, flerta com o rock, com a canção latinoamericana, inglesa, americana, encontra-se com o pop, reconstrói as suas melodias, incorpora sons contemporêneos, alimenta-se da tradição e neste mix de fases e experimentações nascem músicas que mesmo que se assemelhem a algo já produzido, trazem algo de novo, inusitado.

No caso de Zii e Zie, a produção do cd ocorre de forma contrária. As músicas do CD eram produzida durante a temporada de Obra em progresso, ou seja, o show serviu de suporte para a criação e essa possibilidade de elaboração com um pseudo contato com o publico é de certa forma interessante.

Exemplo de como ele pode ser inventivo nas letras

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Here comes the sun

essa música é tão bonitinha. tenho ouvido tanto ela nos últimos dias. a versão que tou escutando é a de james taylor e está num cd que little darling me deu.


terça-feira, 26 de maio de 2009

atualizações



Roubei a foto no blog de Marcelo Rubens Paiva. Poesia urbana, tão simples e fundamental. Metafisicamente direta.

Tou tentando ver como mudo a direção do blog. Mudo.

Quinta-feira é o grande dia.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Diário

Hoje foi um daqueles dias que entrarão para a história. Ocorreram coisas boas e coisas imprevisíveis que, neste caso, não considero boas.

1 º Depois de quase dois meses de atraso, muito stresse, angústia e inseguranças, depositei a minha dissertação. Agora é esperar a banca e entregar a Deus. Estou aliviada, mas não por completo. Ainda sinto e vivo sob o peso das aflições acadêmicas. Ao mesmo tempo, existe uma sensação de vazio e uma vontade louca de continuar no esquema de estudos e pressão. Bizarro demais. (Ainda volto a falar sobre este momento)

2º Tenho que registrar aqui a minha incapacidade de lidar com o imprevisto. Hoje mais uma vez pude constatar esta minha inabilidade. Ao tentar imprimir as quatro cópias da minha dissertação, a tinta da impressora não prestou, o papel era fino demais, o tempo corria contra mim, enfim, caos total. Depois de ter uma quase síncope nervosa, tudo foi resolvido. Mas ainda tive que viver a experiência de perder o controle do carro num viaduto e quase bater em um carrão em plena chuva. Foi batida pequena, mas o susto foi inversamente proporcional.

Como nem tudo são espinhos, paralelamente, tem coisa legal acontecendo na minha vida. Ainda bem.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vanessa da Mata: regular

Apesar das controvérsias, gosto muito de discos gravados ao vivo. A princípio, há neles uma pulsação do público, uma quase tensão do cantor para não desafinar, uma acústica diferente. Nestas produções eu gosto do imprevisto, do grito da plateia, de uma fala desconexa do artista. De tudo que foge do controle.

Quando quero conhecer um cantor procuro ouvir suas gravações ao vivo, pois sempre acreditei que o contato direto com o público possibilitaria uma energia melhor à música e tal. Sim, tem também o fato de que as produções neste estilo sempre tentam fazer um panorama das melhores músicas e tal.

Enfim, falei tudo isso, pra dizer que ao ouvir o disco ao vivo da Vanessa da Mata a sensação que tive foi justamente ao contrário. Incomodei-me demais com o resultado final. A voz dela, que é tão agradável, ficou completamente minimizada, perdeu seu potencial vocal, uma coisa meio constrangedora mesmo. Os arranjos também não me soaram legais. Lamentável.

Conheci a cantora há uns cinco anos e gostei bastante. Hoje não a escuto mais. Mas confesso que suas canções românticas como "Ainda bem", "Ai, ai, ai" e "Não me deixe só" são ótimas para embalar corações apaixonados. E pensar que eu já cantei "Não me deixe só", que bizarro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Dia em que faremos contato

Estou um pouco ausente de tudo. Vivendo um momento meio concha.

Lenine é um cara que admiro demais. Aprendi a gostar dele há pouco tempo, na realidade, foi na época da faculdade de jornalismo. Sempre que posso, vou ao seu show. Esta semana foi que comecei a ouvir Labiata. Depois falo das minhas impressões sobre o CD.

E Martelo Bigorna é a minha música. rsrs


segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Justice" no banlieue

cultura urbana
periferia
violência
opressão
juventude
exclusão
contemporaneidade
sujeitos diaspóricos
multiculturalismo
minoriais

eu gosto deste vídeo pq ele me remete a uma Paris bem distante dos cartões postais. A uma cidade real e não aquele espaço todo perfeitinho com grandes monumentos, lindas lojas, pessoas elegantes e avenidas arborizadas. Lembro demais do filme La Haine ( O ódio).

O vídeo foi dirigido por Romain Gavras, filho de Costa Gavras, que por sinal estará aqui no Recife. Só por esta produção já dá pra gostar da proposta do Justice. Na época do seu lançamento causou bastante polêmica, foi acusado de várias coisas e boicotado pelas TVs.

Acusam-no de violência gratuita, mas ela existe.

domingo, 12 de abril de 2009

Louise Attaque

Esqueça Piaf, Aznavour e outros figurões da chanson française. Abaixo os clichês!! Louise Attaque é muito melhor.



sábado, 11 de abril de 2009

Epígrafe

Epígrafe da minha dissertação:


Pelo Sertão não se tem como
não se viver enlutado;
lá o luto é de vestir,
é de nascer com, luto nato.

(Agrestes, João Cabral de Melo Neto)

tamos terminando com a graça de Deussssssssssssssss!!!!!!!!!!!

arco de luz

Duas músicas lindas que traduzem de alguma forma meus anseios, dúvidas e sensações.


Marina Lima, Antonio Cícero e Martinho da Vila (da década de 70) tem coisa melhor?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Uma faca só lâmina

Não sou chegada a listas de 10 melhores, mais vendidos, que não se pode morrer antes de conhecer... acho todas reducionistas, rasas. Mas, na contramão deste minha ideia inicial, tenho que confessar que João Cabral está no topo dos meus poetas preferidos há algum tempo.

Diante da poesia do Cabral silencio. E este emudecimento reflete apenas o meu êxtase ao confrontar-me com o que não sei nominar. Arrebatador. Sei que estas frases soam impressionistas demais e que e esta tendência é descabida no universo da crítica literária, mas diante da Poética cabralina, sim Poética mesmo, num primeiro momento só as minhas subjetividades afloram.

Ontem cometi outra loucura financeira. Fudi meu orçamento e comprei as obras completas (aquela mesmo da Aguilar) do autor de Educação pela Pedra e Escola das facas. Pra mim, os seus dois melhores livros. Ops, não era pra dizer isso, assim tão rasteiro e tão bobo. Desculpem-me, escalpou.

domingo, 5 de abril de 2009

Sábado à tarde

passei a tarde de ontem ouvindo Blue Train do John Coltrane.
O disco foi reiniciado pelo menos umas cinco vezes.
Initerruptamente.
Sozinha, bebi vinho tinto.
Embriaguei-me.
Dormi e acordei me sentido uma pin up da década de 50.
Naquela hora, I'm old Fashioned estava tocando.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Le phrase, c'est moi

"Il y a toujours de quelques chose d'absent qui me atormente". Tradução: Há sempre algo de ausente que me atormenta. Esta frase é de Camille Claudel e está escrita na placa que fica em frente a sua casa em Paris. Acho que deve ser um trecho de alguma carta dela para Rodin, não sei direito. No entanto, apesar de desconhecer a origem do seu contexto , até hoje não encontrei algo que falasse tanto de mim. E hoje então, ela me pesou como nunca. Voltando pra casa, no carro, sozinha pensei muito nas minhas escolhas, nos descompassos, nos amores. Não sei, tive a leve impressão de ter voltado pra mim mesma novamente.

A música de hoje era pra ser apenas "De todas as maneiras" que traduz bem o meu espírito. Mas só encontrei esta versão com Bethânia e colada a outra canção que nem conheço. Mas enfim....


segunda-feira, 30 de março de 2009

Radioheadeano

A expectativa de ver Radiohead no Brasil deixou-me instigada dias a fio.

A banda referência.
As músicas preferidas.
A performance de Thom Yorke.
A versão ao vivo das canções. Tudo era esperado com uma ansiedade quase adolescente, mesmo eu já tendo visto o vídeo show em Tóquio. Mas a frieza do público japonês, que sob o efeito de drogas sintéticas assistiam lívidos ao concerto numa mistura de placidez e indiferença, me dizia que no Brasil seria melhor, diferente.

Voltando, apesar do volume do som estar um pouco estourado, apesar das falhas de transmissão no telão, o concerto foi muito, muito bom. A concepção cenográfica com móbiles de leds, a iluminação precisa e o vídeo que trazia ângulos inusitados e simultâneos dos quatro integrantes já faziam do show um bom espetáculo.

As danças bizarras de Thom Yorque e sua tentativa de quase integração com o público também foram interessantes. O setlist foi bem equilibrado, mas senti falta de Just. Os arranjos, as versões e a empolgação do público brasileiro foram perfeitos.

A sensação que fica é de que vivi um momento histórico que foi compartilhado com 30 mil pessoas. Foi rápido demais, entretanto, ficou marcado na minha memória. Contarei aos meus netos e todos que me conhecem também saberão das emoções que vivi lá.


Att: têm uns pontos negativos que depois eu posto.

O vídeo que escolhi para postar traduz o clima da plateia e é de uma música que tem uma história bem pessoal pra mim. Foi a primeira música do grupo que conheci e me lembra demais a Alemanha e os meus desparates germânicos

quarta-feira, 25 de março de 2009

Saldo: meio esvaziada

Tentei passar 5 dias offline sem computador e celular. Era uma tentativa de desopilar,livrar-me um pouco da tensão e pressão que me envolvem, mas alguns índices, como diria Barthes, remetiam-me àquela existência que pressupunha ter deixado em Recife.

Destaco dois episódios que pra mim foram extramamente "opressores".

1º ter encontrado muita gente conhecida em São Paulo. Absurdamente topei com muitas pessoas conhecidas em lugares diferentes. Da Paulista ao metrô, passando pelo hotel. Desses, 2 ou 3 encontros pareceram-me bizarros demais, tipo trombar no elevador do hotel com uma antiga amiga que estudou o primário comigo em Surubim e que há 10 anos não a via. Encontrar com a vizinha de infância do meu pai na estação S. Bento. Ver Delmo Montenegro comprando sombrinha na Paulista tb foi um tanto bizarro.

Essas casualidades podem ser banais, mas àquela altura, naquele processo de esvaziamento a que estava me propondo elas me informavam incessantemente que a fuga, o resetar-se, não seria possível sem o enfretamento da realidade.

2º outra bizarrice foi ter encontrado a todo momento propagandas da empresa em que trabalho. PQP. No metrô, no ônibus e em todos os lugares encontrava aquela marca que vijiava meus passos tal qual um panóptico foucaultiano. Até mesmo durante o show 2 músicas do kraftwerk me impunham ao universo francês, ou seja, ao meu trabalho.

* Escrevi este texto no avião. 70% dos passageiros conhecidos. São indies, roqueiros, jornalitas, gente de comunicação... Enfim, acho que já cruzei com todos eles pelo menos uma vez na vida. PQP!!!!!!!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Kd o papel e a caneta?

Às vezes acho que tenho TOC, pois vivo sempre escrevendo o que tenho que fazer em pequenos papéis. Tem momentos que passo mais tempo planejando e aí como consequência, não sobra tempo para a execução. hahahhaha. A sensação de fazer tudo sem planejamento, no piloto automático é um pouco incômoda pra mim.

Nos últimos dias têm sido assim: saio de casa, vou ao trabalho e faço todas as coisas sem nenhum tipo de planejamento prévio e sem meus papeizinhos para me ajudar. O engraçado é que sempre planejei tudo na minha vida, inclusive as relações entram neste esquema. Ou seja, na tentativa de ter o controle das emoções, lanço mão das minhas listinhas escritas. É bom e ruim. Amore que o diga. hahahahaha.


1) Apesar da rotina e do hard work, a proximidade da data do show do Radiohead tem me feito abstrair um pouco.


2) Hoje acordei com esta música na cabeça. Teve uma época que havia adotado ela como minha canção-síntese. Hoje mais não.

domingo, 8 de março de 2009

entre-lugar: cinema e literatura

Tenho andado um pouco reflexiva demais estes dias, pois terei que tomar uma decisão um tanto delicada: estou pensando em voltar para Letras no doutorado. Na realidade, sempre fui muito dividida. Como estudante de jornalismo me sentia mais próxima do campo literário e como crítica literária tinha diversas vezes a sensação de que eu era apenas uma futura jornalista. Enfim, vivo num entre-lugar.

No entanto, nos últimos dois anos, época que estive um pouco afastada da Literatura por causa do mestrado, tenho sentido uma urgência de voltar para um campo que me possibilita um enorme prazer. Sendo que se eu for pensar do ponto de vista prático, nunca ganhei um puto com o curso de Letras e no caso acredito que há mais chances de ser absorvida na Academia com Comunicação. Mesmo assim, sinto algo em mim que diz que eu tenho que pensar primeiramente no prazer, no amor que tenho por aquilo tudo e deixar dinheiro e outras coisitas em segundo plano. Sei não, terei dois meses para pensar sobre o assunto. Fazer escolhas é sempre delicado e pra uma libriana então...

Novidade quentíssima: meu trabalho sobre Walter Salles e o road movie kitch foi aceito num congresso de cinema na Argentina. Terei que apresentá-lo em junho. MEDO!!!!!!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

espiritualidade

eu estava aqui pensando como seria minha vida se eu não tivesse uma fé religiosa. Longe de mim fazer proselitismo e tal, mas confesso que a religião me ajuda a segurar a onda de muita coisa. Antes que me perguntem qual é a minha crença, digo que sou espírita. "Espírita kadercista" como falam algumas pessoas.

Mas voltando ao assunto, como a base do espiritismo é o racionalismo cartesiano e como toda a doutrina está ancorada num método cientificista isso me ajuda muito a racionalizar e compreender o mundo, a minha existência e algumas diferenças. Neste sentido, observo também que a beleza e a grandiosidade da lógica cristã (com suas odes ao amor, à caridade e ao perdão) colaboram pra gente de alguma forma suavizar a vida.

Em alguns momentos críticos que passei - ainda bem que foram poucos - não foram as bobagens que aprendi nos livros que me fizeram superá-los, mas, naquele instante pra mim foi fundamental a certeza de uma energia maior e a convicção num futuro mais ameno. Hoje tento equilibrar minha ânsia incessante por transcendência com as demandas da vida material. É isso!

segunda-feira, 2 de março de 2009

E BBB é programa?

Li uma frase do Jean-Claude Bernardet que fiquei pensando. Ele dizia que o Big Brother Brasil era um dos principais fenômenos estéticos da contemporaneidade. O pesquisador, que é um dos meus preferidos, só não explicou mais esse lance da importância do BBB.

Eu até entendo que vários conceitos contemporâneos são acionados na construção do programa e tal, tipo o lugar do privado, sociedade do espetáculo de debord, ideias sobre a juventude, questões ligadas às minorias. Tem também aquele lance foucaultiano de vigilância, mas fico pensando qto à questão estética mesmo.

Eu sei que qdo assistimos ao BBB rola uma catarsinha mesmo, uma coisa que aponta para o preenchimento da nossa necessidade de sermos públicos, midiatizados (leia-se orkut, blogs etc.). Mas acho tb que não passa disso, né não?

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Fuga Nº2

Conhecer o som dos mutantes foi definitivo pra mim e pra 99% das pessoas. De vez em quando eu volto e ouço Tecnicolor e Mutantes (1969)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

...Sumi na poeira das ruas...

A minha pequena longa ausência neste blog tem justificativa. Some pressão no trabalho, demandas de fim de mestrado (tou com 70% da parte escrita) e folias de carnaval com a minha inabilidade de organizar o tempo que perceberas que é quase impossível se disponibilizar para escrever aqui.

Queria ter comentado muitas coisas na última semana, então vou tentar sintetizar aos poucos aqui.

1. A entrevista de Jarbas para a Veja é uma coisa me incomodou muito. Quem é de Pernambuco e acompanha a trajetória deste político sabe o quanto ele é oportunista, sem clareza ideológica e reacionário. Igualzinho aos companheiros de partido. No plano pessoal todos sabem que ele é extramemente rancoroso e invejoso, portanto, mesmo que tudo que ele falou seja verdade a intenção que há por trás disso é pessoal. Pra mim ele não disse nada, não apontou ninguém e nem falou nenhuma novidade. Ele deve ter aberto o bico pq ficou de fora dos babados no Senado e pq já estava caindo no ostracismo. Enfim, puro egolombra.

2. Saldo do carnaval: uma gripe imensa que me deixou fudida e que me fez distribuir os meus objetos entre os meus familiares, num ato de drama e despedida.

3. Ainda hoje me arrependo de não ter ido ver o show do Paulinho da Viola que ocorre há uma semana lá em Olinda.

4. Todos os anos a minha grande expectativa fica é a apresentação do Quanta Ladeira. Adoro. Acho que eles incorporam o espírito do carnaval que é o do escracho, da irreverência e da brincadeira. Hoje o bloco se tornou cool e acho que a maior parte daquele público não saca as coisas que estão nas músicas e tal, ficando apenas a apreensão da putaria e tal. Todos os anos eu também inicio algum amigo no bloco e o impressionante é que eles são fisgados.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Onde foi parar a hombridade das pessoas?

Acho que sou uma pessoa que passa uma ideia de calma, pois tento ser o máximo do tempo tranquila, zen, no entanto, têm coisas que me tiram do sério. A falta de honestidade das pessoas me tira do sério. Principalmente quando elas tentam ser desonestas comigo. Já tive essa sensação diversas vezes inclusive com o governo e seus impostos absurdos ou quando olho o meu contracheque e vejo a mordida do leão e sei que parte daquela grana vai servir pra galera construir castelos bizarros. Hj fiquei emputecida pq vi um cara numa Hillux imensa batendo no meu carro. Detalhe, ele simplesmente ia embora sem fazer nada se eu não tivesse chegado na hra. O cidadão insistiu em dizer que não tinha sido ele, apesar das evidência, tipo a tinta branca do carro dele no meu, e ainda quis me convencer do contrário.

Me contrariei ao quadrado não pela batida, que foi pequena, mas pela falta de hombridade do cara. O cara queria me fazer crer que não tinha sido ele, mesmo eu dizendo que vi. Eu fico puta demais quando eu encontro gente desonesta. Aí eu não pude me controlar e disse umas verdades pra ele.

Mas o cerne da questão é: se a crença de que a maioria é desonesta se naturaliza entre nós acabaremos perdendo a nossa capacidade de indignação e aí, aí, aí as coisas perderão um pouco de sentido né não?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Quando o carnaval chegar (ele já chegou)

engraçado como os festejos de Momo modificam completamente o clima do Recife. Na realidade existe uma grande expectativa e mobilização de todos para a época e isso deixa a cidade tão leve, tão agradável. As vendas no comércio esquentam, as ruas ganham cores, as pessoas sorriem mais. Talvez este seja o verdadeiro ano novo para os pernambucanos.

Ontem à tarde mesmo encontrei dois blocos na rua quando estava voltando pra casa. E mesmo tendo que enfrentar um engarrafamento de meia hora a uma quadra da minha casa, fiquei tranquila e de certa forma feliz. Duvido que ficasse assim em outra época.

Ontem tb fui a uma prévia muito legal: a do Guaiamum Treloso. Acompanho o bloco há cinco anos e gosto muito. Gosto do local onde ocorre o desfile, das pessoas que encontro por lá, da tranquilidade da festa e principalmente das atrações.

O convidado deste ano foi Gilberto Gil. O ex-ministro é um artista do caralho. Tenho uma enorme admiração por ele e gosto das suas inúmeras fases, da tropicalista à reggaeana, passando claro pela forrozeira. Gosto também da sua vibe de pesquisador das tradições nordestinas e do seu espírito vanguardista. (Lembrei agora que já o entrevistei e engraçado que no meio da conversa, era algo sobre política cultural e tal, ele olhou pra mim e falou alguma coisa mística que não lembro agora o que foi. Essa espiritualidade dele também me chama a atenção.)

Eu nunca tinha ido a um show do Gil e achei fantástico. No entanto, tenho uma ressalva, como se tratava de um show mais carnavalesco achei que o repertório podia ter sido adaptado à ocasião, pois ficou aquela sensação de estar assistindo a um show do cara que poderia ocorrer em qualquer mês e em qualquer lugar. Claro que eu tou ligada que ele é O cara e que por isso esse tipo de coisa fica mais delicado de fazer.

E que venha agora Jorge Benjor na prévia do Sala de Justiça.


Nota: essa semana foi agitadíssima. Grandes emoções. Na quarta vivi o Dia de Princesa. Fugi do trabalho e passei uma tarde no salão de beleza. Radicalizei no corte e na cor do meu cabelo. Gastei horrores, mas o gasto foi proporcional a subida do meu ego. :P




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Alô, fevereiro

só pra não me acusarem de abandono...

Fevereiro chegou e com ele acaba o meu pequeno descanso, pois comaçarei o curso de francês e estarei envolvida nos milhões de projetos lá do trabalho. Espero tb terminar a minha dissertação no meio do mês, aí tudo será diferente.

Fevereiro tem um sabor bom. Gosto de carnaval!


domingo, 25 de janeiro de 2009

Egolombrices

Transito numa área em que ser ego-lombra é quase sinônimo. Jornalistas, professores universitários e acadêmicos vivem as voltas com sua masturbação intelectóide. Impressionante isso. É uma doença contagiosa e sei que tenho o vírus incubado. Às vezes, tenho uns acessos, mas depois tento colocar o pé no chão. Um dos sintomas do mal é a pseudo-sensação de não ser igual e do não-pertencimento.

Em jornalismo é onde eu percebi mais visivelmente o portador do ego-lombra. Tem o tipo mais clássico, que é aquele que não dialoga e que fala de si full time e tem aquele descolado que faz o tipo gente boa, mas que vez por outra se auto-acaricia. Puta merda. Por isso, num namoro jornalista, ia ser complicado demais administrar dois contaminados em fase aguda. Em Letras, eu encontrava uns visivelmente controlados, mas que, de certa forma, eu até compreendia, pois o super envolvimento com a literatura dá uma sensação estranha inadmistravel mesmo.

Agora na academia é pra se fuder. O pouco da minha experiência já deu pra sacar que vou ter que ter um trabalho enorme comigo pra poder na vibe do ego. Sim, pq aquela galera não vive na Via Láctea, eles são de outra dimensão. De vez em quando, eu sentia isso durante as aulas, inconscientemente eles exalavam os cheiros das malditas secreções ego-lombrosas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nelson por Joãozinho

eu tava são sem inspiração para escrever hj. Quando eu ia dizer isso aqui, ocorreu-me de colocar um vídeo do Nelson Freire, já que estou ouvindo-o agora, aí a ideia de falar dele surgiu rapidinho.

Não conheço muito música clássica, infelizmente. Estou tentando desvendar este mundo tão magnífico e de repente neste caminho surgiu o Nelson Freire. Eu não sei o que é, mas ao ouví-lo fico tomada por um encantamento, uma coisa meio sem explicação. Depois, foi que descobri que milhares de pessoas tb tem esta sensação e que o mineiro é simplesmente um dos maiores pianistas brasileiros.

Meu segundo contato com ele foi na novela Páginas da Vida. Sua gravação de uma música, acho que era Melodia para Orfeu e Eurídice do Rachmaninov. Traduz uma singeleza e ao mesmo tempo uma dramaticidade que corta meu coração. Aí pronto, apaixonei-me perdidamente pela composição e ainda mais pelo Nelson.

Tempos depois, assisti ao documentário do João Moreira Salles sobre o pianista. O filme é lindo e parte da grandiosidade dele está justamente nos silêncios. Talvez este filme Santiago e Jogo de Cena tenham sido os melhores doc brasileiros que assisti até agora. Nelson Freire, o documentário, é contido, preciso e virtuoso, tal qual o personagem. Nele não há aquela coisa over que existe quando se cinematografa uma personalidade. Ele é uma espécie de filme especular, pois reflete com propriedade o artista.

Assistam e ouça Nelson Freire, sempre.

Bravíssimo




terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Chico Maravilha

adoro esta fase underground de Cheetos Buarque. E quando ele faz esses falsetes então... uiuiui.
Agora prenhe de razão, como dizia o Jorge Maravilha.


Nara Cristina Recife





Quando eu era pequena adorava ter um gatinho em casa. Sempre apareciam uns da rua e a gente começava a dar leite pra eles. Só que como eu tinha asma, meus pais achavam que não era legal ter gato em casa, aí eles sempre davam um jeito de levar o gato pra outro lugar. Lembro que uma vez, meu pai colocou o gato num saco e o soltou num mercado. No entanto, quando ele chegou em casa o bichano já estava brincando comigo novamente. Traduzindo: o gato foi mais rápido e mais inteligente que meu pai. Rsrsrs.

Outra vez, uma gata teve filhotes no telhado da casa e depois abandonou os bebês. Ficamos apiedados e passamos a alimentá-los colocando leite em pequenas mamadeiras. Foi em vão. Aos poucos, os gatinhos iam morrendo e semanas depois a gata voltou. Como morávamos em casa, os gatos iam e voltavam e a gente também não tinha tanta preocupação com eles . A última vez que tivemos um bichinho foi em 1991, no entanto, continuei esses anos todos fascinada pelo universo felino. Gosto deles por serem independentes, elegantes e silenciosos.

Em agosto do ano passado sem mais nem menos uma amiga minha, que sabia da minha paixão por gatos, ligou-me e perguntou se eu queria adotar uma gatinha. Eu disse sim sem pensar muito e de imediato tive que administrar a oposição do pessoal de casa. No outro dia, a fofinha chegou e na primeira troca de olhares com a sua nova família conquistou a todos, inclusive meu pai, o mais durão. Ela é uma lady e tá dando a gente uma aula de educação e bons modos.

Hoje Nara vive colada na gente. Super amorosa. Virou a sensação da casa. Convivendo na fase adulta com um animal a gente passa a desenvolver a feição pelos bichos, passa a se comunicar com eles apenas pela linguagem do afeto e passa, sobretudo, a compreender o universo dela. Tudo isso é um exercício super bacana para treinarmos com os humanos. Segundo minha mãe, ela tem nos ensinado muito. Concordo.


Em tempo: este foi o último post da série nostalgia pessoal. Deixarei de falar de mim e vou passar a falar dos outros. hehehehhe.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fogo e paixão

tou numa fase totalmente Wando. :)


domingo, 18 de janeiro de 2009

E "Sua mãe" também

Eu conheci o trabalho do Wagner Moura na época da estreia da peça A Máquina aqui no Recife, acho que foi no início de 2000. A Máquina era de um diretor pernambucano, João Falcão, e ficou em cartaz um tempão. Foi a primeira cidade da peça e tenho a impressão que foi o primeiro grande trabalho do Wagner tb.

Com o tempo eu fui vendo o carinha em filmes e de vez em quando ele aparecia na TV. Quando ele fez o Olavo, bombou na mídia e caiu nas graças do público e, consequentemente, na minha tb, pois ele deu show no papel. Mas o que eu não sabia era que o cara se garantia tb como cantor. Descobri isso a pouco tempo, aí passei a pesquisar sobre o som da banda dele na net e gostei muito de ouvir a Sua mãe.

O repertório da Sua mãe foi o que mais me chamou atenção, pois traz canções de ícones como Odair José, Wando e Reginaldo Rossi. Gostei demais da vibe lado B da banda e dos arranjos com uma pegada de rock inglês. Achei a combinação perfeita, sem falar na presença de palco do Wagner. Indico pra todo mundo pq ouvir brega faz um bem tremendo, além de ser uma música maravilhosa.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

As luzes do meu quarto ficam vermelhas e pedem distância

Todas as noites quando vou dormir e vejo as luzinhas da tv, do aparelho de dvd e do som, no modo stand by, acesas, agradeço a Deus por ter feito parte de outra geração: a dos que viviam independentes dos aparelhos eletrônicos.

Quando eu era criança, assistir televisão não era uma atividade tão interessante, pois ela concorria com a bicicleta, as brincadeiras na rua, a casinha de bonecas. Então, não tenho muita memória televisiva, exceto alguns Shows da Xuxa e outros desenhos animados. Lá em casa a gente não via muita tv mesmo e só havia uma, no quartinho escondido. Por falta de grana e de interesse tb nunca tive videogame. TAmbém não tinha esse lance de ver filmes em casa, pois só conheci o video cassete no final da década de 80 (acho que em 88 ou 89) e mesmo assim não tínhamos fita e nem grana pra tá locando sempre. Lembro que os primeiros filmes que vi no vídeo cassete foram Indiana Jones e Viagem Insólita. Computador só entrou na minha vida no final da década de 90 e internet tb. A mesma coisa foi o celular e o DVD, que chegou a minha casa em 2003 ou 2004, não lembro direito.

Hoje minha vida está indissociável destes aparelhos e lamento muito ser assim. Ainda mantenho o hábito de ver pouquissima tv, no máximo umas três horas por semana, mas internet e computador fazem quase parte do meu ser. Mas o que me consola mesmo é lembrar que tive uma infância de verdade, recheada de brincadeiras e de histórias e que graças aos meus pais, que sempre estimularam-me a manter a distância saudável dos eletrônicos, pude viver outros tipos de experiências.


foto egolombra mesmo. só pra lembrar da minha infância


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sexo e a cidade: revisão

Uma amiga emprestou-me a segunda temporada de Sex and the City. A-D-O-R-O. Estou me divertindo demais revendo a série que tanto gostei, umas das melhores que já assistir. Em cada episódio, identifico-me com as histórias, com as conversas, com o universo daquelas mulheres.



Uma vez, fiz um teste da Marie Claire pra saber com qual personagem eu parecia mais. O resultado deu que eu era igual a Miranda: racional, prática e que dá muito valor ao campo profissional. Devo ser ela mesmo, em parte. No entanto, confesso que sinto-me um pouco de cada uma delas.

De Carrie, herdei a complicação, a subjetividade feminina, o estilo despojado.
De Charlotte: o romantismo, a leseira mesmo e a crença de que irei encontrar o amor pra sempre.
Já da Samantha, acho que trago a liberdade, a ousadia.

Lembro que quando conheci a série há três ou quatro anos, fiquei viciada. Assisti a todos os episódios de todas as temporadas quase que de vez. Na época, o programa tinha um efeito terapeutico, pois consegui livrar-me da fossa do fim de uma relação longa vendo as quatro novaiorquinas.

Hoje, reconheço que mesmo tratando escancaradamente do universo e da vida sexual das balzaquianas, a série ainda é bastante conservadora, fato que me incomada um pouco, já que há toda a aura de ser modernosa e tal. Vejo o conservadorismo, por exemplo, quando o discurso que reina entre as quatro é o do encontro com o parceiro como sendo o fundamental na existencia feminina. O discurso é: mesmo sendo bem-sucedidas profissionalmente, elas estão incompletas, pois são solteiras. No caso, a mais avançada, a Samantha, é punida na série com um câncer e só encontra sentido pra sua vida depois de encontrar um homem. Enfim, mesmo sendo ousada, a série é bem conservadora. Infelizmente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Tadinha da Suzana

Depois da imensa repercussão, eu li hj a entrevista da Suzana Vieira na Veja. Não fiz nenhum tipo de julgamento em relação ao tom do discurso dela, mas o que me choca mesmo é saber que as pessoas ainda agem com má fé quando vêm que o outro esta emocionalmente envolvido. E falo isso em todos os sentidos e em vários tipos de relações, sejam elas de amigos, amores, profissioanis....

Ao final do texto, fiquei com aquela sensação de que qq pessoa pode ser uma vítima desse tipo de gente, mas que mesmo assim, há várias maneiras de se proteger até pq por mais que o cara faça sexo como ninguém a gente tem que ter algum tipo a mais de identificação né não? Por isso discordo do trecho que ela fala sobre isso e tal. Acho que é na parte que ela começa falando das relações passadas, do namoro com Renato Machado.



Quem quiser lê-la é só ir para o link:
http://veja.abril.uol.com.br/140109/entrevista.shtml

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Le coeur vagabond c'est moi

Algumas pessoas me perguntam de onde vem o nome Coeur Vagabond. A inspiração para o nome tem um duplo significado. Primeiro, é a música de Caetano que acho perfeita demais e segundo é uma versão em francês, fato que traduz de alguma todo o meu envolvimento pessoal com a cultura daquele país.

Conheci a canção Coeur Vagabond ouvindo a cantora catarinense, mas que mora em Paris, Bia Krieger. Ela canta músicas francesas em português e brasileiras em francês. Bia é conhecida na França e no Canadá. Gostei do seu trabalho por dois motivos:o repertório e os arranjos bossanovísticos. No primeiro caso, percebi que ela escolhe fazer versões de artistas brasileiros que gosto muito, como Chico Buarque, Caetano, Lulu Santos e Lenine, por exemplo. Quantos à sonoridade, vejo que ela tem um ligação forte com o jazz e bossa nova, dois ritmos que amo demais.

Depois que ouvi centenas de vezes seu segundo CD, o Coeur Vagabond, passei a indicá-lo a todos os meus amigos e confesso que já gravei-o para umas cinco pessoas. Acho bacana a gente divulgar um trabalho legal de uma artista desconhecida do público brasileiro e tal.

Por coincidência do destino, ou não, neste semestre em função das comemorações do Ano da França no Brasil iremos trazê-la para tocar no Recife. Acho que vai legal para o público daqui ouvi e conhecer a Bia. Vamos torcer para que seja um sucesso.


No vídeo, ela canta Retrato em Branco e Preto, ou melhor, Portrait en Noir et Blanc de Tom e Chico.




Não encontrei nenhum vídeo do Coeur Vagabond, infelizmente, mas segue a versão da letra.

Mon coeur a tant d'espérance
Mon coeur en enfance
Désire et attend l'inconnu

Mon coeur en adolescence
N'est pas que l'absence
D'une ombre incertaine entrevue

Qui traversant mes rêves
Sans un mot d'adieu
A laissé dans mes yeux
L'interminable pluie

Mon coeur est un vagabond
Il veut garder le monde
En lui

Mon coeur est un vagabond
Il garderait le monde
En lui

domingo, 11 de janeiro de 2009

Nós somos madeira de lei que cupim não rói




Parece que Caetano vai abrir o Carnaval do Recife dia 20 de fevereiro. Engraçado que coincidentemente eu estava pensando sobre as diferenças entre a Bahia e Pernambuco nos festejos de Momo. O texto será completamente parcial, eu sei. Mas quem não é?
Há uns tempos atrás não era fã de carnaval. Sempre que chegava a época eu me escondia com minha família em uma praia calminha. No entanto, de uns quatro anos pra cá, descobrir um carnaval muito melhor do que imaginava. Hoje inclusive brinco nas ladeiras de Olinda como uma clássica foliã, com direito a fantasia e tudo...






Sim, mas voltando a comparação entre BA e PE.

Abaixo as cordas

Em primeiro lugar, acho a festa em Salvador mercantil demais, pois pra se brincar com segurança tem-se que pagar algumas centenas. Isso é uma contradição, já que o espírito do carnaval é a integração, aquilo de brincar todo mundo junto sem diferenças e sem essa de cordas e tal. No caso pernambucano não há cordas e todos caem no frevo mesmo.


Multiplicidade de sons

Eu sei que o som baiano é maravilhoso e que lá não existe só axé e afoxé, mas cá pra nós, aqui a gente tem uma possibilidade imensa de ritmos que vão desde frevo, com suas infinitas variações, até o maracatu, passando coco, cavalo-marinho, caboclinho e mais uma gama imensa. Eita, ia esquecendo da ciranda que é uma coisa linda.

Pra todos os gostos

Como a diversidade de ritmos é grande, há opções pra todos os gostos, desde os moderninhos cults que se encontram no pólo do Rec Beat, aos nostálgicos que acompanham os blocos líricos como Bloco da Saudade e Cia. Quem gosta da zueira, a opção é acompanhar os blocos mais tradicionais de Olinda e quem curte MPB e tá a fim de ver uns shows é só ficar no pólo do Marco Zero. Agora se vc curte um lance meio raiz e tradição, a dica é Noite dos Tambores Silenciosos (ritual afro belíssimo que deixa muita gente em transe mediúnico) , Papangus de Bezerros e encontro de Maracatus em Nazaré da Mata.

Com fantasia

As fantasias são shows a parte aqui. Todos saem as ruas vestidos criativamente e junto aos seus blocos preferidos e aos bonecos gigantes de Olinda, por exemplo, formam uma beleza plástica maravilhosa. Sem falar na irreverência e no espírito de brincadeira né? Então, aquela de todo mundo com abadá sai e uniformização só se for pra brincar e entrar no grupo que se veste dos Smurfs.

Tem muita coisa que poderia falar, mas só vivendo pra poder sentir pq Recife tem o Carnaval melhor do Brasil. Então, estão esperando o que? Preparem as suas fantasias, pois faltam apenas 42 dias.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Enquanto isso na bolsa de sapatos...





Eu tenho uma relação problemática com sapatos e bolsas. Essas histórias de amor nem sempre são fáceis não é? Sapatos são fundamentais para minha existência. Tal qual os amores e os romances, não vivo sem eles, tudo no plural mesmo. : P Mas como a maioria das histórias entre seres de sexo opostos, a minha convivência com este mundo não é 100% saudável. Vou tentar explicar.

Não posso passar por uma vitrine de lojas de sapato que fico encantada, babando mesmo. Na realidade, o encantamento é direcionado e só ocorre em algumas lojas de sapatos, tipo Arezzo, Andarella e Carmen Stetfens. Não sei o que danado elas têm, ou melhor, sei. O ano passado passei uma fase totalmente sapato-maníaca e cheguei a comprar em um mês quatro pares. A quantidade é pequena, mas as cifras são grandes. E eu que tento ser racional a maior parte do tempo, não consigo entender o que é que a Arezzo tem que me seduz tanto. Vai ver que ela é feito aqueles caras que têm o ar irresistivelmente sedutor ou então ela é feito aqueles que têm aquela pinta de cafajeste.

Um dia, brincando de loja de sapatos com uma prima de nove anos, a Luaninha, decidimos colocar no chão do quarto todos os pares que tinha. Foi aí que a ficha caiu. O chão do quarto não deu e a petite collection foi invadindo o corredor e o quarto de estudo. Não é exagero. Aí, na brincadeira, fizemos o levantamento do estoque, dividimos os produtos por categoria e marca. 90 % eram da Arezzo. Mas no meio da brincadeira, a pequena resolveu calcular quanto em reais estava ali. Foi a parte mais dolorosa. Na hora lembrei de um episódio de Sex and the City que Carrie não tem grana pra comprar um apto pq sua fortuna está investida em sapatos, no caso dela, Manolos Blakniks. Hehehe. Eu também sou uma lisa, mas tenho sapatos. Hehehe.






Hoje tento me controlar. Evito ir a shoppings e não passo em frente às vitrines da marca-desejo. Talvez o nosso namoro esteja em crise. Mesmo assim, ainda encontro-me de vez em quando nos sites das marcas, só pra manter a paixão, mesmo à distância.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Salve a cultura popular pernambucana






Terça, tava zapeando quando caí na TVE e vi um especial musical com Mônica Salmaso e o Mestre Salu. Engraçado, conheço e acompanho mais carreira da paulista do que do meu conterrâneo. Não acompanho o trabalho do rabequeiro e sei pouquíssimas coisas sobre ele. Eu fico com um peso na consciência danado por não ter conhecido a sua música quando ele ainda era vivo. Vou tentar baixar algum cd dele.

O Mestre Salustiano é uma daquelas pessoas que fazem a gente sentir orgulho de ser pernambucana. Ele nasceu na Zona da Mata, mas foi em Olinda que seu trabalho ganhou reconhecimento internacional. Foi um dos maiores dançarinos de cavalo-marinho e foi um dos grandes nomes do Maracatu. Mesmo não tendo muito contato com a sua música, quando a escuto fico toda arrepiada. É uma sensação similar da de quando ouvimos o Hino dos Vassourinhas, mas no caso dos acordes da rabeca há algo mais profundo.

Infelizmente, não sei expressar realmente o que sinto. É uma coisa tão forte...
Lembro de ter ido algumas vezes a sua Sala da Rabeca, lá na Cidade Tabajara e numa dessas vezes comecei um romance lá. Hehehehe. Mas hoje o que menos importa é isso. O que me emociona é ser conterrânea dele.


50 anos de cultura popular no Brasil - música do CD Mestre Salú e a Rabeca Encantada


"Mas não é à toa 50 anos de cultura popular no Brasil/ Todo mundo viu/ Fui ao exterior/ As meninas disse: eu também vou/ Eu com a minha rabeca/eu cheguei lá e fiz show"...
(diga se isso, ao som da rabeca do mestre, não é a coisa mais linda do mundo)


link com uma palhinha da música:

http://www.4shared.com/file/72911694/bc5186ba/50_anos_de_cultura_popular.html

Em tempo: depois eu falo da Mônica Salmaso tá?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Loucura, que nada

Eu tou fudida no cartão de crédito, mas me dei um presente hoje. Comprei a obra completa do Pessoa. Aquela edição belezura da Nova Aguilar, com quase mil folhas e em papel bíblia. Tem dias que eu cometo estes atos de insanidade financeira e orçamentária, mas há anos sonhava em ter este livro. Eu ficava babando e passei um tempão com a edição da biblioteca da faculdade quando estudava Letras.

Engraçado, quando eu era pequena ficava olhando pro teto deitada na cama e sonhando que se um dia eu ganhasse na Sena iria a um supermercado comprar tudo o que sempre tive vontade sem me preocupar com o preço - era a minha cabeça de gordo falando. hehehe. Hj meu sonho de consumo seria ir pra uns lugares aí e entrar na Livraria Cultura e comprar aqueles livros dos sonhos sem me preocupar com o pagamento ou se a grana é curta. Espero que um dia estes sonhos se realizem, mas acho que seria bacaninha se ocorresse com a força do trabalho mesmo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Caí das nuvens

Ontem, assistindo ao Fantástico, levei um soco no estômago ao acompanhar a reportagem sobre os menores infratores e a relação deles com as drogas. Bateu uma angústia, uma descrença no futuro quando escutei relatos tão duros de crianças que acabaram de sair da segunda infância. Puta merda!! Pra completar depois do Fantástico vi o curta-metragem sobre o menino aranha que, aqui no Recife, aos oito anos escalava os prédios chegando a subir até o 33º andar.

Agora vamos comentar, Eduardo Faustini, é o pipoco do trovão. O cara, pra mim, é o maior repórter investigativo brasileiro. Eu não sou chegada a idolatria não, mas esse jornalista é fuderoso demais. As fontes, as abordagens e a narrativa dele deixam a gente com cara de não sei o quê. A série de ontem, que se enquadra no perfil ganhadora de prêmio, é um exemplo menor do trabalho do jornalista. Acho, por exemplo, que a reportagem que ele denunciou o esquema de propina em São Gonçalo (RJ) ou aquela que ele descreve a entrada de drogas no Brasil, o material era ingerindo pela galera que faria a travessia, muito mais interessante. Na época da faculdade eu era infantil demais para perceber a grandiosidade e funcionalidade do jornalismo investigativo


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A semana começou bem.  Passei três horas entre cálculos do orçamento, separando contas para pagar e ligando para meia dúzia de call centers. Tende piedade de nós senhor. Depois de somas, previsões e rebolados, cheguei a seguinte conclusão: preciso de outra fonte de renda para poder organizar-me e ficar aliviada.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Janeiro = praias + prévias


Janeiro é um mês que gosto muito. Mês quente, cheio de expectativas. Época em que as pessoas estão mais alegres, menos apressadas, mais ligth mesmo.Aqui em Pernambuco, temos ótimas opções para veranear.

PRAIAS

Há praias para diversos gostos. Desde as mais badaladas como Porto de Galinhas, Tamandaré e Fernando de Noronha, as mais calminhas como por exemplo, a Praia dos Carneiros e Enseada dos Golfinhos, que fica no Litoral Norte. Quem não quer pegar a estrada, apesar de Porto ficar tão perto a 65km do Recife, há umas opções urbanas bacaninhas. Boa Viagem tá valendo pela comodidade e pela possibilidade de vc encontrar uma galera conhecida principalmente em locais estratégicos como o óbvio "em frente ao Acaiaca", o nosso Posto 9. Maria Farinha é outra opção urbana bacana e a praia é bem melhor que BV.

Mas a bombação mesmo é Porto e adjacências, ou seja, Maracaípe e Muro Alto. Em Porto, esta época do ano está cheio de gente bonita e bronzeada. Há vários turistas tb. A praia é linda, a vila tb, mas, no momento estou meio avessa a esta vibe de badalação. É tudo muito perfeitinho e acho que não combina muito cmg não. Já passei alguns finais de semana lá. Foram legais.

PRÉVIAS

Agora em janeiro tem um lance que curto demais: as prévias carnavalescas. Todos os domingos, as ladeiras de Olinda bombam. O frevo toma conta do público e a gente se entrega como se estivéssemos em pleno Carnaval. Me empolgo com as festas e quando vai chegando perto do reinado de Momo tento ir aos domingos frevantes.

Também bato ponto em duas outras prévias: Enquanto isso na sala de justiça e Guaiamun Treloso. Este ano pretendo ir tb à prévia do Eu acho é pouco.


Em tempo: a minha previsão é acabar de escrever e entregar a dissertação até a época das prévias. Rezem todos por mim, tou precisando.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Balance

Eu digo pra todo mundo que não sou superticiosa, mas na verdade, de uns tempos pra cá tenho pensado no que os astros me apontam. Enfim, desejo que as previsões deste ano feito pela Marie Claire francesa estejam todas certas. 2009 chegou e com ele uma enorme sensação de que tudo melhores, que todos os sonhos se realizem.

Balance
Côté public: Ambitieuse, vous allez consacrer toute cette nouvelle année à votre situation professionnelle. Vous disposerez d'une fantastique capacité de travail, mais attention à ne pas dépasser vos limites... Vous devrez alors reconsidérer certains objectifs pour ne pas ressentir de frustration.

Côté privé: Vous attacherez beaucoup d'importance à votre vie affective. Vous êtes une personne sensible et affectueuse, et vous ne concevez pas la vie sans amour. Vous ferez confiance à vos sentiments et à vos attirances et cela vous réussira. Rencontre, amour caché, naissance, engagement, sorties, plaisirs, voyages et amitiés réchaufferont votre cœur.