Transito numa área em que ser ego-lombra é quase sinônimo. Jornalistas, professores universitários e acadêmicos vivem as voltas com sua masturbação intelectóide. Impressionante isso. É uma doença contagiosa e sei que tenho o vírus incubado. Às vezes, tenho uns acessos, mas depois tento colocar o pé no chão. Um dos sintomas do mal é a pseudo-sensação de não ser igual e do não-pertencimento.
Em jornalismo é onde eu percebi mais visivelmente o portador do ego-lombra. Tem o tipo mais clássico, que é aquele que não dialoga e que fala de si full time e tem aquele descolado que faz o tipo gente boa, mas que vez por outra se auto-acaricia. Puta merda. Por isso, num namoro jornalista, ia ser complicado demais administrar dois contaminados em fase aguda. Em Letras, eu encontrava uns visivelmente controlados, mas que, de certa forma, eu até compreendia, pois o super envolvimento com a literatura dá uma sensação estranha inadmistravel mesmo.
Agora na academia é pra se fuder. O pouco da minha experiência já deu pra sacar que vou ter que ter um trabalho enorme comigo pra poder na vibe do ego. Sim, pq aquela galera não vive na Via Láctea, eles são de outra dimensão. De vez em quando, eu sentia isso durante as aulas, inconscientemente eles exalavam os cheiros das malditas secreções ego-lombrosas.
A volta de uma paixão
Há 4 anos