domingo, 25 de janeiro de 2009

Egolombrices

Transito numa área em que ser ego-lombra é quase sinônimo. Jornalistas, professores universitários e acadêmicos vivem as voltas com sua masturbação intelectóide. Impressionante isso. É uma doença contagiosa e sei que tenho o vírus incubado. Às vezes, tenho uns acessos, mas depois tento colocar o pé no chão. Um dos sintomas do mal é a pseudo-sensação de não ser igual e do não-pertencimento.

Em jornalismo é onde eu percebi mais visivelmente o portador do ego-lombra. Tem o tipo mais clássico, que é aquele que não dialoga e que fala de si full time e tem aquele descolado que faz o tipo gente boa, mas que vez por outra se auto-acaricia. Puta merda. Por isso, num namoro jornalista, ia ser complicado demais administrar dois contaminados em fase aguda. Em Letras, eu encontrava uns visivelmente controlados, mas que, de certa forma, eu até compreendia, pois o super envolvimento com a literatura dá uma sensação estranha inadmistravel mesmo.

Agora na academia é pra se fuder. O pouco da minha experiência já deu pra sacar que vou ter que ter um trabalho enorme comigo pra poder na vibe do ego. Sim, pq aquela galera não vive na Via Láctea, eles são de outra dimensão. De vez em quando, eu sentia isso durante as aulas, inconscientemente eles exalavam os cheiros das malditas secreções ego-lombrosas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nelson por Joãozinho

eu tava são sem inspiração para escrever hj. Quando eu ia dizer isso aqui, ocorreu-me de colocar um vídeo do Nelson Freire, já que estou ouvindo-o agora, aí a ideia de falar dele surgiu rapidinho.

Não conheço muito música clássica, infelizmente. Estou tentando desvendar este mundo tão magnífico e de repente neste caminho surgiu o Nelson Freire. Eu não sei o que é, mas ao ouví-lo fico tomada por um encantamento, uma coisa meio sem explicação. Depois, foi que descobri que milhares de pessoas tb tem esta sensação e que o mineiro é simplesmente um dos maiores pianistas brasileiros.

Meu segundo contato com ele foi na novela Páginas da Vida. Sua gravação de uma música, acho que era Melodia para Orfeu e Eurídice do Rachmaninov. Traduz uma singeleza e ao mesmo tempo uma dramaticidade que corta meu coração. Aí pronto, apaixonei-me perdidamente pela composição e ainda mais pelo Nelson.

Tempos depois, assisti ao documentário do João Moreira Salles sobre o pianista. O filme é lindo e parte da grandiosidade dele está justamente nos silêncios. Talvez este filme Santiago e Jogo de Cena tenham sido os melhores doc brasileiros que assisti até agora. Nelson Freire, o documentário, é contido, preciso e virtuoso, tal qual o personagem. Nele não há aquela coisa over que existe quando se cinematografa uma personalidade. Ele é uma espécie de filme especular, pois reflete com propriedade o artista.

Assistam e ouça Nelson Freire, sempre.

Bravíssimo




terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Chico Maravilha

adoro esta fase underground de Cheetos Buarque. E quando ele faz esses falsetes então... uiuiui.
Agora prenhe de razão, como dizia o Jorge Maravilha.


Nara Cristina Recife





Quando eu era pequena adorava ter um gatinho em casa. Sempre apareciam uns da rua e a gente começava a dar leite pra eles. Só que como eu tinha asma, meus pais achavam que não era legal ter gato em casa, aí eles sempre davam um jeito de levar o gato pra outro lugar. Lembro que uma vez, meu pai colocou o gato num saco e o soltou num mercado. No entanto, quando ele chegou em casa o bichano já estava brincando comigo novamente. Traduzindo: o gato foi mais rápido e mais inteligente que meu pai. Rsrsrs.

Outra vez, uma gata teve filhotes no telhado da casa e depois abandonou os bebês. Ficamos apiedados e passamos a alimentá-los colocando leite em pequenas mamadeiras. Foi em vão. Aos poucos, os gatinhos iam morrendo e semanas depois a gata voltou. Como morávamos em casa, os gatos iam e voltavam e a gente também não tinha tanta preocupação com eles . A última vez que tivemos um bichinho foi em 1991, no entanto, continuei esses anos todos fascinada pelo universo felino. Gosto deles por serem independentes, elegantes e silenciosos.

Em agosto do ano passado sem mais nem menos uma amiga minha, que sabia da minha paixão por gatos, ligou-me e perguntou se eu queria adotar uma gatinha. Eu disse sim sem pensar muito e de imediato tive que administrar a oposição do pessoal de casa. No outro dia, a fofinha chegou e na primeira troca de olhares com a sua nova família conquistou a todos, inclusive meu pai, o mais durão. Ela é uma lady e tá dando a gente uma aula de educação e bons modos.

Hoje Nara vive colada na gente. Super amorosa. Virou a sensação da casa. Convivendo na fase adulta com um animal a gente passa a desenvolver a feição pelos bichos, passa a se comunicar com eles apenas pela linguagem do afeto e passa, sobretudo, a compreender o universo dela. Tudo isso é um exercício super bacana para treinarmos com os humanos. Segundo minha mãe, ela tem nos ensinado muito. Concordo.


Em tempo: este foi o último post da série nostalgia pessoal. Deixarei de falar de mim e vou passar a falar dos outros. hehehehhe.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fogo e paixão

tou numa fase totalmente Wando. :)


domingo, 18 de janeiro de 2009

E "Sua mãe" também

Eu conheci o trabalho do Wagner Moura na época da estreia da peça A Máquina aqui no Recife, acho que foi no início de 2000. A Máquina era de um diretor pernambucano, João Falcão, e ficou em cartaz um tempão. Foi a primeira cidade da peça e tenho a impressão que foi o primeiro grande trabalho do Wagner tb.

Com o tempo eu fui vendo o carinha em filmes e de vez em quando ele aparecia na TV. Quando ele fez o Olavo, bombou na mídia e caiu nas graças do público e, consequentemente, na minha tb, pois ele deu show no papel. Mas o que eu não sabia era que o cara se garantia tb como cantor. Descobri isso a pouco tempo, aí passei a pesquisar sobre o som da banda dele na net e gostei muito de ouvir a Sua mãe.

O repertório da Sua mãe foi o que mais me chamou atenção, pois traz canções de ícones como Odair José, Wando e Reginaldo Rossi. Gostei demais da vibe lado B da banda e dos arranjos com uma pegada de rock inglês. Achei a combinação perfeita, sem falar na presença de palco do Wagner. Indico pra todo mundo pq ouvir brega faz um bem tremendo, além de ser uma música maravilhosa.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

As luzes do meu quarto ficam vermelhas e pedem distância

Todas as noites quando vou dormir e vejo as luzinhas da tv, do aparelho de dvd e do som, no modo stand by, acesas, agradeço a Deus por ter feito parte de outra geração: a dos que viviam independentes dos aparelhos eletrônicos.

Quando eu era criança, assistir televisão não era uma atividade tão interessante, pois ela concorria com a bicicleta, as brincadeiras na rua, a casinha de bonecas. Então, não tenho muita memória televisiva, exceto alguns Shows da Xuxa e outros desenhos animados. Lá em casa a gente não via muita tv mesmo e só havia uma, no quartinho escondido. Por falta de grana e de interesse tb nunca tive videogame. TAmbém não tinha esse lance de ver filmes em casa, pois só conheci o video cassete no final da década de 80 (acho que em 88 ou 89) e mesmo assim não tínhamos fita e nem grana pra tá locando sempre. Lembro que os primeiros filmes que vi no vídeo cassete foram Indiana Jones e Viagem Insólita. Computador só entrou na minha vida no final da década de 90 e internet tb. A mesma coisa foi o celular e o DVD, que chegou a minha casa em 2003 ou 2004, não lembro direito.

Hoje minha vida está indissociável destes aparelhos e lamento muito ser assim. Ainda mantenho o hábito de ver pouquissima tv, no máximo umas três horas por semana, mas internet e computador fazem quase parte do meu ser. Mas o que me consola mesmo é lembrar que tive uma infância de verdade, recheada de brincadeiras e de histórias e que graças aos meus pais, que sempre estimularam-me a manter a distância saudável dos eletrônicos, pude viver outros tipos de experiências.


foto egolombra mesmo. só pra lembrar da minha infância


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sexo e a cidade: revisão

Uma amiga emprestou-me a segunda temporada de Sex and the City. A-D-O-R-O. Estou me divertindo demais revendo a série que tanto gostei, umas das melhores que já assistir. Em cada episódio, identifico-me com as histórias, com as conversas, com o universo daquelas mulheres.



Uma vez, fiz um teste da Marie Claire pra saber com qual personagem eu parecia mais. O resultado deu que eu era igual a Miranda: racional, prática e que dá muito valor ao campo profissional. Devo ser ela mesmo, em parte. No entanto, confesso que sinto-me um pouco de cada uma delas.

De Carrie, herdei a complicação, a subjetividade feminina, o estilo despojado.
De Charlotte: o romantismo, a leseira mesmo e a crença de que irei encontrar o amor pra sempre.
Já da Samantha, acho que trago a liberdade, a ousadia.

Lembro que quando conheci a série há três ou quatro anos, fiquei viciada. Assisti a todos os episódios de todas as temporadas quase que de vez. Na época, o programa tinha um efeito terapeutico, pois consegui livrar-me da fossa do fim de uma relação longa vendo as quatro novaiorquinas.

Hoje, reconheço que mesmo tratando escancaradamente do universo e da vida sexual das balzaquianas, a série ainda é bastante conservadora, fato que me incomada um pouco, já que há toda a aura de ser modernosa e tal. Vejo o conservadorismo, por exemplo, quando o discurso que reina entre as quatro é o do encontro com o parceiro como sendo o fundamental na existencia feminina. O discurso é: mesmo sendo bem-sucedidas profissionalmente, elas estão incompletas, pois são solteiras. No caso, a mais avançada, a Samantha, é punida na série com um câncer e só encontra sentido pra sua vida depois de encontrar um homem. Enfim, mesmo sendo ousada, a série é bem conservadora. Infelizmente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Tadinha da Suzana

Depois da imensa repercussão, eu li hj a entrevista da Suzana Vieira na Veja. Não fiz nenhum tipo de julgamento em relação ao tom do discurso dela, mas o que me choca mesmo é saber que as pessoas ainda agem com má fé quando vêm que o outro esta emocionalmente envolvido. E falo isso em todos os sentidos e em vários tipos de relações, sejam elas de amigos, amores, profissioanis....

Ao final do texto, fiquei com aquela sensação de que qq pessoa pode ser uma vítima desse tipo de gente, mas que mesmo assim, há várias maneiras de se proteger até pq por mais que o cara faça sexo como ninguém a gente tem que ter algum tipo a mais de identificação né não? Por isso discordo do trecho que ela fala sobre isso e tal. Acho que é na parte que ela começa falando das relações passadas, do namoro com Renato Machado.



Quem quiser lê-la é só ir para o link:
http://veja.abril.uol.com.br/140109/entrevista.shtml

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Le coeur vagabond c'est moi

Algumas pessoas me perguntam de onde vem o nome Coeur Vagabond. A inspiração para o nome tem um duplo significado. Primeiro, é a música de Caetano que acho perfeita demais e segundo é uma versão em francês, fato que traduz de alguma todo o meu envolvimento pessoal com a cultura daquele país.

Conheci a canção Coeur Vagabond ouvindo a cantora catarinense, mas que mora em Paris, Bia Krieger. Ela canta músicas francesas em português e brasileiras em francês. Bia é conhecida na França e no Canadá. Gostei do seu trabalho por dois motivos:o repertório e os arranjos bossanovísticos. No primeiro caso, percebi que ela escolhe fazer versões de artistas brasileiros que gosto muito, como Chico Buarque, Caetano, Lulu Santos e Lenine, por exemplo. Quantos à sonoridade, vejo que ela tem um ligação forte com o jazz e bossa nova, dois ritmos que amo demais.

Depois que ouvi centenas de vezes seu segundo CD, o Coeur Vagabond, passei a indicá-lo a todos os meus amigos e confesso que já gravei-o para umas cinco pessoas. Acho bacana a gente divulgar um trabalho legal de uma artista desconhecida do público brasileiro e tal.

Por coincidência do destino, ou não, neste semestre em função das comemorações do Ano da França no Brasil iremos trazê-la para tocar no Recife. Acho que vai legal para o público daqui ouvi e conhecer a Bia. Vamos torcer para que seja um sucesso.


No vídeo, ela canta Retrato em Branco e Preto, ou melhor, Portrait en Noir et Blanc de Tom e Chico.




Não encontrei nenhum vídeo do Coeur Vagabond, infelizmente, mas segue a versão da letra.

Mon coeur a tant d'espérance
Mon coeur en enfance
Désire et attend l'inconnu

Mon coeur en adolescence
N'est pas que l'absence
D'une ombre incertaine entrevue

Qui traversant mes rêves
Sans un mot d'adieu
A laissé dans mes yeux
L'interminable pluie

Mon coeur est un vagabond
Il veut garder le monde
En lui

Mon coeur est un vagabond
Il garderait le monde
En lui

domingo, 11 de janeiro de 2009

Nós somos madeira de lei que cupim não rói




Parece que Caetano vai abrir o Carnaval do Recife dia 20 de fevereiro. Engraçado que coincidentemente eu estava pensando sobre as diferenças entre a Bahia e Pernambuco nos festejos de Momo. O texto será completamente parcial, eu sei. Mas quem não é?
Há uns tempos atrás não era fã de carnaval. Sempre que chegava a época eu me escondia com minha família em uma praia calminha. No entanto, de uns quatro anos pra cá, descobrir um carnaval muito melhor do que imaginava. Hoje inclusive brinco nas ladeiras de Olinda como uma clássica foliã, com direito a fantasia e tudo...






Sim, mas voltando a comparação entre BA e PE.

Abaixo as cordas

Em primeiro lugar, acho a festa em Salvador mercantil demais, pois pra se brincar com segurança tem-se que pagar algumas centenas. Isso é uma contradição, já que o espírito do carnaval é a integração, aquilo de brincar todo mundo junto sem diferenças e sem essa de cordas e tal. No caso pernambucano não há cordas e todos caem no frevo mesmo.


Multiplicidade de sons

Eu sei que o som baiano é maravilhoso e que lá não existe só axé e afoxé, mas cá pra nós, aqui a gente tem uma possibilidade imensa de ritmos que vão desde frevo, com suas infinitas variações, até o maracatu, passando coco, cavalo-marinho, caboclinho e mais uma gama imensa. Eita, ia esquecendo da ciranda que é uma coisa linda.

Pra todos os gostos

Como a diversidade de ritmos é grande, há opções pra todos os gostos, desde os moderninhos cults que se encontram no pólo do Rec Beat, aos nostálgicos que acompanham os blocos líricos como Bloco da Saudade e Cia. Quem gosta da zueira, a opção é acompanhar os blocos mais tradicionais de Olinda e quem curte MPB e tá a fim de ver uns shows é só ficar no pólo do Marco Zero. Agora se vc curte um lance meio raiz e tradição, a dica é Noite dos Tambores Silenciosos (ritual afro belíssimo que deixa muita gente em transe mediúnico) , Papangus de Bezerros e encontro de Maracatus em Nazaré da Mata.

Com fantasia

As fantasias são shows a parte aqui. Todos saem as ruas vestidos criativamente e junto aos seus blocos preferidos e aos bonecos gigantes de Olinda, por exemplo, formam uma beleza plástica maravilhosa. Sem falar na irreverência e no espírito de brincadeira né? Então, aquela de todo mundo com abadá sai e uniformização só se for pra brincar e entrar no grupo que se veste dos Smurfs.

Tem muita coisa que poderia falar, mas só vivendo pra poder sentir pq Recife tem o Carnaval melhor do Brasil. Então, estão esperando o que? Preparem as suas fantasias, pois faltam apenas 42 dias.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Enquanto isso na bolsa de sapatos...





Eu tenho uma relação problemática com sapatos e bolsas. Essas histórias de amor nem sempre são fáceis não é? Sapatos são fundamentais para minha existência. Tal qual os amores e os romances, não vivo sem eles, tudo no plural mesmo. : P Mas como a maioria das histórias entre seres de sexo opostos, a minha convivência com este mundo não é 100% saudável. Vou tentar explicar.

Não posso passar por uma vitrine de lojas de sapato que fico encantada, babando mesmo. Na realidade, o encantamento é direcionado e só ocorre em algumas lojas de sapatos, tipo Arezzo, Andarella e Carmen Stetfens. Não sei o que danado elas têm, ou melhor, sei. O ano passado passei uma fase totalmente sapato-maníaca e cheguei a comprar em um mês quatro pares. A quantidade é pequena, mas as cifras são grandes. E eu que tento ser racional a maior parte do tempo, não consigo entender o que é que a Arezzo tem que me seduz tanto. Vai ver que ela é feito aqueles caras que têm o ar irresistivelmente sedutor ou então ela é feito aqueles que têm aquela pinta de cafajeste.

Um dia, brincando de loja de sapatos com uma prima de nove anos, a Luaninha, decidimos colocar no chão do quarto todos os pares que tinha. Foi aí que a ficha caiu. O chão do quarto não deu e a petite collection foi invadindo o corredor e o quarto de estudo. Não é exagero. Aí, na brincadeira, fizemos o levantamento do estoque, dividimos os produtos por categoria e marca. 90 % eram da Arezzo. Mas no meio da brincadeira, a pequena resolveu calcular quanto em reais estava ali. Foi a parte mais dolorosa. Na hora lembrei de um episódio de Sex and the City que Carrie não tem grana pra comprar um apto pq sua fortuna está investida em sapatos, no caso dela, Manolos Blakniks. Hehehe. Eu também sou uma lisa, mas tenho sapatos. Hehehe.






Hoje tento me controlar. Evito ir a shoppings e não passo em frente às vitrines da marca-desejo. Talvez o nosso namoro esteja em crise. Mesmo assim, ainda encontro-me de vez em quando nos sites das marcas, só pra manter a paixão, mesmo à distância.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Salve a cultura popular pernambucana






Terça, tava zapeando quando caí na TVE e vi um especial musical com Mônica Salmaso e o Mestre Salu. Engraçado, conheço e acompanho mais carreira da paulista do que do meu conterrâneo. Não acompanho o trabalho do rabequeiro e sei pouquíssimas coisas sobre ele. Eu fico com um peso na consciência danado por não ter conhecido a sua música quando ele ainda era vivo. Vou tentar baixar algum cd dele.

O Mestre Salustiano é uma daquelas pessoas que fazem a gente sentir orgulho de ser pernambucana. Ele nasceu na Zona da Mata, mas foi em Olinda que seu trabalho ganhou reconhecimento internacional. Foi um dos maiores dançarinos de cavalo-marinho e foi um dos grandes nomes do Maracatu. Mesmo não tendo muito contato com a sua música, quando a escuto fico toda arrepiada. É uma sensação similar da de quando ouvimos o Hino dos Vassourinhas, mas no caso dos acordes da rabeca há algo mais profundo.

Infelizmente, não sei expressar realmente o que sinto. É uma coisa tão forte...
Lembro de ter ido algumas vezes a sua Sala da Rabeca, lá na Cidade Tabajara e numa dessas vezes comecei um romance lá. Hehehehe. Mas hoje o que menos importa é isso. O que me emociona é ser conterrânea dele.


50 anos de cultura popular no Brasil - música do CD Mestre Salú e a Rabeca Encantada


"Mas não é à toa 50 anos de cultura popular no Brasil/ Todo mundo viu/ Fui ao exterior/ As meninas disse: eu também vou/ Eu com a minha rabeca/eu cheguei lá e fiz show"...
(diga se isso, ao som da rabeca do mestre, não é a coisa mais linda do mundo)


link com uma palhinha da música:

http://www.4shared.com/file/72911694/bc5186ba/50_anos_de_cultura_popular.html

Em tempo: depois eu falo da Mônica Salmaso tá?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Loucura, que nada

Eu tou fudida no cartão de crédito, mas me dei um presente hoje. Comprei a obra completa do Pessoa. Aquela edição belezura da Nova Aguilar, com quase mil folhas e em papel bíblia. Tem dias que eu cometo estes atos de insanidade financeira e orçamentária, mas há anos sonhava em ter este livro. Eu ficava babando e passei um tempão com a edição da biblioteca da faculdade quando estudava Letras.

Engraçado, quando eu era pequena ficava olhando pro teto deitada na cama e sonhando que se um dia eu ganhasse na Sena iria a um supermercado comprar tudo o que sempre tive vontade sem me preocupar com o preço - era a minha cabeça de gordo falando. hehehe. Hj meu sonho de consumo seria ir pra uns lugares aí e entrar na Livraria Cultura e comprar aqueles livros dos sonhos sem me preocupar com o pagamento ou se a grana é curta. Espero que um dia estes sonhos se realizem, mas acho que seria bacaninha se ocorresse com a força do trabalho mesmo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Caí das nuvens

Ontem, assistindo ao Fantástico, levei um soco no estômago ao acompanhar a reportagem sobre os menores infratores e a relação deles com as drogas. Bateu uma angústia, uma descrença no futuro quando escutei relatos tão duros de crianças que acabaram de sair da segunda infância. Puta merda!! Pra completar depois do Fantástico vi o curta-metragem sobre o menino aranha que, aqui no Recife, aos oito anos escalava os prédios chegando a subir até o 33º andar.

Agora vamos comentar, Eduardo Faustini, é o pipoco do trovão. O cara, pra mim, é o maior repórter investigativo brasileiro. Eu não sou chegada a idolatria não, mas esse jornalista é fuderoso demais. As fontes, as abordagens e a narrativa dele deixam a gente com cara de não sei o quê. A série de ontem, que se enquadra no perfil ganhadora de prêmio, é um exemplo menor do trabalho do jornalista. Acho, por exemplo, que a reportagem que ele denunciou o esquema de propina em São Gonçalo (RJ) ou aquela que ele descreve a entrada de drogas no Brasil, o material era ingerindo pela galera que faria a travessia, muito mais interessante. Na época da faculdade eu era infantil demais para perceber a grandiosidade e funcionalidade do jornalismo investigativo


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A semana começou bem.  Passei três horas entre cálculos do orçamento, separando contas para pagar e ligando para meia dúzia de call centers. Tende piedade de nós senhor. Depois de somas, previsões e rebolados, cheguei a seguinte conclusão: preciso de outra fonte de renda para poder organizar-me e ficar aliviada.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Janeiro = praias + prévias


Janeiro é um mês que gosto muito. Mês quente, cheio de expectativas. Época em que as pessoas estão mais alegres, menos apressadas, mais ligth mesmo.Aqui em Pernambuco, temos ótimas opções para veranear.

PRAIAS

Há praias para diversos gostos. Desde as mais badaladas como Porto de Galinhas, Tamandaré e Fernando de Noronha, as mais calminhas como por exemplo, a Praia dos Carneiros e Enseada dos Golfinhos, que fica no Litoral Norte. Quem não quer pegar a estrada, apesar de Porto ficar tão perto a 65km do Recife, há umas opções urbanas bacaninhas. Boa Viagem tá valendo pela comodidade e pela possibilidade de vc encontrar uma galera conhecida principalmente em locais estratégicos como o óbvio "em frente ao Acaiaca", o nosso Posto 9. Maria Farinha é outra opção urbana bacana e a praia é bem melhor que BV.

Mas a bombação mesmo é Porto e adjacências, ou seja, Maracaípe e Muro Alto. Em Porto, esta época do ano está cheio de gente bonita e bronzeada. Há vários turistas tb. A praia é linda, a vila tb, mas, no momento estou meio avessa a esta vibe de badalação. É tudo muito perfeitinho e acho que não combina muito cmg não. Já passei alguns finais de semana lá. Foram legais.

PRÉVIAS

Agora em janeiro tem um lance que curto demais: as prévias carnavalescas. Todos os domingos, as ladeiras de Olinda bombam. O frevo toma conta do público e a gente se entrega como se estivéssemos em pleno Carnaval. Me empolgo com as festas e quando vai chegando perto do reinado de Momo tento ir aos domingos frevantes.

Também bato ponto em duas outras prévias: Enquanto isso na sala de justiça e Guaiamun Treloso. Este ano pretendo ir tb à prévia do Eu acho é pouco.


Em tempo: a minha previsão é acabar de escrever e entregar a dissertação até a época das prévias. Rezem todos por mim, tou precisando.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Balance

Eu digo pra todo mundo que não sou superticiosa, mas na verdade, de uns tempos pra cá tenho pensado no que os astros me apontam. Enfim, desejo que as previsões deste ano feito pela Marie Claire francesa estejam todas certas. 2009 chegou e com ele uma enorme sensação de que tudo melhores, que todos os sonhos se realizem.

Balance
Côté public: Ambitieuse, vous allez consacrer toute cette nouvelle année à votre situation professionnelle. Vous disposerez d'une fantastique capacité de travail, mais attention à ne pas dépasser vos limites... Vous devrez alors reconsidérer certains objectifs pour ne pas ressentir de frustration.

Côté privé: Vous attacherez beaucoup d'importance à votre vie affective. Vous êtes une personne sensible et affectueuse, et vous ne concevez pas la vie sans amour. Vous ferez confiance à vos sentiments et à vos attirances et cela vous réussira. Rencontre, amour caché, naissance, engagement, sorties, plaisirs, voyages et amitiés réchaufferont votre cœur.