sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Brincando de ser tosca

Continuarei falando do CCS. Ouvi-los é uma aventura boa. Sabe por quê? Você se exime da culpa de ouvir algo da grande indústria, sim por que eles têm um elemento descompromissado forte que pressupõe alguma coisa. A batida eletrônica, somada às letras bizarras também tem um efeito positivo. Na realidade, é bom ouvir o sexteto na night ou em festinhas domésticas, pois pela puerilidade do som e das letras não dá pra curtir no nada, entende? Tipo, sentar pra ouvir não rola.

O que eu mais gosto é que eles fazem música sem nenhuma pretensão de ser brazuca. Sem aquela mesmice de evocar os Mutantes ou algum clássico do cenário eletrônico. Ser aquilo mais do mesmo. O conjunto da sonoridade deles é o oposto disso. Criatividade é um dos pontos fortes. Neste sentido, a letra de Art Bitch aponta um pouco pra isso: “I ain't no artist/ I am an artbitch/ I sell my paintings to the men I eat/ I have no portifolio/ and I only show/ Where there's free alcohol”. Sem preocupações artísticas, sem propostas estéticas vazias. Eles são feito aquelas relações que começamos sem expectativa, sem esperar nada, e de repente nos surpreendemos.

A mis en cene deles também é bacana. Como falei no post anterior. Tiração de onda, brincadeira. O look da galera é instigante. O clima descontraído não está apenas nas letras, é transmitido também no palco.






Continuando a série dos melhores do ano. Melhores discos:

Little Joy
Acabou Chorare (relançamento dos Novos Baianos)
Mallu Magalhães

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