quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Radiohead vem aí, eu vi

A notícia do show do Radiohead aqui no Brasil que vi ontem no site do grupo (http://www.radiohead.com/tourdates/) deixou-me muito contente. Quando vi na segunda-feira que eles viriam para o Chile, pensei em voar pra lá, mas preferi esperar. Essa banda inglesa desperta algo em mim que não sei explicar. Uma coisa meio transcendental mesmo. E os vocais de Thom Yorke me levam ao nirvana.

Confesso que estou numa fase totalmente Radiohead e na última semana coloquei todas as músicas de In Rainbows no meu ipod. Muito bom este álbum. Pra mim ele está só um pouco abaixo de Pablo Honey, Ok Computer e Kid A. All I need e Nude são as duas faixas que mais me chamam atenção. Além das músicas, gostei também da estratégia de lançamento do disco, que deixava livre para os internautas o preço do valor que devia ser pago para o download das faixas.

Tenho amigas que quando entram no meu carro e escutam Radiohead dizem que o som da banda deixa deprimidas. A música deles me remete a outras sensações, bem distantes da depressão. Thom Yorke e Cia. pra mim são perfeitos com seus acordes dissonantes, suas experimentações e letras cool. Não sei, mas por tudo isso, acho que pra minha geração, ou seja, aqueles que nasceram nos primeiros anos da década de 80 e começaram a consumir música na metade da de 90, o Radiohead fala muito mais do que Madona, mesmo sendo ela um ícone pop e tal. Gosto da Madona, mas vou pro show Radiohead.

O Radiohead lembra-me a Alemanha e o cosmopolitismo de Berlim. Às vezes, esqueço que eles são ingleses.Na verdade, ligar o grupo aos germanos deve-se ao fato de eu ter conhecido a banda na época que me apaixonei por um alemão que foi morar no meu prédio. Era 2003/2004 época de Hail To The Thief e There, there foi a nossa música. Nunca havia me envolvido por um estrangeiro e aquela paixonite tinha grandes contornos de exotismo e curiosidade. Foi tudo muito curto. A partir deste flerte passei a ver a Alemanha com outros olhos, comecei a estudar alemão e a sonhar em morar lá. Quando ele foi embora, chorei horrores. Vivi a maior fossa, detalhe: sem nunca tê-lo beijado. Esta é a melhor parte. J



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