quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Março com Thom Yorke

agora é oficial: Radiohead confirma shows no Brasil em 2009 e quem falou foi o Thiago Ney, repórter de música da Folha de São Paulo. Façam suas apostas pq qm mais vai sou eu. Contagem regressiva começando.

notícia boa pra alegrar o dia. ;)

Segue a matéria da Folha Online explicando tudo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u472214.shtml

síndrome da mestranda pré-banca

no próximo ano depois que eu me livrar do meu encosto, ou seja, a dissertação, tenho muita coisa pra fazer: lista de livros pra ler, filmes pra assistir, lugares pra conhecer e principalmente preguiça boa pra curtir. tá chegando ao fim, tenho fé. aí, vai ser tudo de bom.

nunca pensei que um mestrado fosse tão assustador. sei lá, mas a responsabilidade de estar lá, de escrever coisas legais, de ser criativa tem um peso enorme. quando entrei achei que ia ser moleza pois nos últimos quatro anos tinha me dividido entre duas faculdades simultaneamente. mas não é e não foi light fazer mestrado e trabalhar não. foi punk rock. fora que experimentei uma sensação aguda de burrice crônica pelo que não tinha lido. em letras já era uma coisa meio assim, a gente sempre ficava com a impressão de que nunca ia chegar a ter a erudição de fulano ou dos nossos colegas e tal, mas agora o negócio é ainda mais sério, pois somos todos profissas.


enfim, como sou sádica demais vou continuar me fudendo na academia por pelo menos mais uns quatro anos, no mínimo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

coeur vagabond

o ceur vagabond fez um mês de existência!!!! éeeeeeeeeee. vida longa pra ele.

pra entender um pouco mais do universo que envolve estas bobagens escritas aqui, basta prestar atenção a esta música:






Ipod

Sabe o que toca infinitamente no meu Ipod? Nina Simone. Sabe por que? Pq ela mudou a minha vida. Definitivamente. Não tenho a menor condição de falar nada sobre ela, me sinto burra e qq coisa que eu disser vai parecer medíocre, raso,...

Por mais nacionalista que eu seja, depois de conhecer Nina Simone não posso me furtar de dizer que a música americana, especialmente o jazz e o blues, é a melhor de todas.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Arrependimento

Puta merda! Era pra eu estar no show de Mercedes Sosa agora. Desde que a conheci há uns dez anos fiquei com vontade de vê-la no palco. Aí, ela vem a minha cidade, fato raro de acontecer, e eu lisa como sempre não dei R$ 150 pra ir ao show. Eu devia era ter entrado no cheque especial pra comprar o ingresso. Puta merda!

Conheci La Negra através de Milton Nascimento, gostei da voz dela e só tempos depois foi que soube da sua atuação política. Depois de saber disso, passei a admirá-la ainda mais. Gosto do timbre da sua voz, do seu repertório e pude através dela conhecer o trabalho da multiartista chilena Violeta Parra. Quem não a conhece não sabe o que está perdendo.

Espero assistir Mercedes Sosa em breve e de preferência em Buenos Aires.


É por Mercedes Sosa, Borges, Cortázar, Lucrécia Martel e outros que gosto demais da Argentina.


Acho um pouco bom

hoje o que eu mais queria era ficar em casa o dia todo pra escrever a danada da dissertação. Mas terei que ir a m... do trabalho à tarde. Acho que não dá pra conciliar o meu projeto de ser uma boa aluna com as demandas pequeno-burguesas. :)
Então essa música da Cansei de ser sexy diz tudo. Depois eu volto pra falar da banda.




sábado, 22 de novembro de 2008

Belle & Sebastian

Era pra eu continuar o post sobre a causa da acessibilidade - ainda não cheguei onde queria, mas como não sou nem um pouco organizada vou falar de Belle & Sebastian.

Conheci de perto a banda há pouco tempo e confesso que no momento é o meu grupo preferido. Considero as letras fofas e a sonoridade bem interessante. Gosto da formação numerosa do B&S com sete músicos fixos e sempre mais alguns de apoio. Outro detalhe é a mistura de violino, com guitarra, bateria, trompete e teclado, tudo isso com uma influência que mistura rock com soul e umas pegadas nórdicas e tal.

As impressões que tenho quando ouço o grupo escocês são as melhores possíveis. As músicas aludem a um sentimento bobo a uma coisa bem adocicada mesmo. Lembro que uma amiga me disse que escutava B&S quando estava stressada, comecei a fazer isso também e hoje estes escoceses também surtem um efeito terapêutico na minha vida. Tenho todos os CDs do deles e já gravei a discografia pra várias amigas. Virei bellemaníaca.

Os álbuns que mais gosto são Tigermilk, Jonathan David e You are feeling sinister. No entanto, o que mais escuto é um cd gravado em Tokyo em 2001. Esse foi inclusive o ano que eles estiveram no Brasil – vieram participar do Free Jazz Festival. Eu não fui ao show, portanto, espero encontrá-los ao vivo rapidamente, apesar de saber que desde de o final de 2006 eles não fazem apresentações.

Termino com as considerações do Álvaro Pereira Júnior, da Folha de São Paulo, sobre a banda: Um mundo onde o cordeirinho e o leãozinho são amiguinhos. Onde todos dançam alegres, em fofura comunal. Onde não existe a guerra, só o amor, o amor. Belle and Sebastian, a banda escocesa, (...), vive em um lugar assim". (FSP, outubro de 2001)

DUAS DAS MÚSICAS DELES QUE MAIS AMO:

If you're feeling sinister




There's too much love

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A causa de acessibilidade - parte I

Desde sempre achei que devemos nos engajar em alguma coisa, por diversos motivos: por sermos seres políticos, por vivermos num país pobrinho, por sermos privilegiados economicamente, por termos oportunidades, enfim... Então, quando vejo e encontro pessoas que fizeram da sua experiência pessoal uma causa coletiva acho maravilhoso.

Foi pensando assim e com o ímpeto de mudar o mundo, que só a adolescência nos proporciona, que envolvi-me num projeto bem bacana há oito, nove atrás. Era a época do meu vestibular e pela primeira vez na minha vida as coisas não tinham saído como eu esperava, ou seja, não passei no vestibular de Direito como pretendia. Diante do baque e com a ajuda da minha mãe, pensei o seguinte: se para mim que sempre estudei nos melhores colégios e sempre tive acesso aos melhores produtos da educação era difícil, imagine para quem vem de escola pública?

Foi naquele momento que pensei que a minha derrota (sim pq aos 17, 18 anos o seu grande sonho na vida é entrar na faculdade) poderia ser sublimada e proveitosa se eu a transformasse em algo bom para outras pessoas. Foi assim, que eu e uma amiga, que havia passado três anos no martírio das reprovações do vestibular, decidimos criar um cursinho pré-vestibular gratuito para os alunos de baixa renda (a maior parte era de escola pública e tinha renda familiar de um ou no max dois salários mínimos) do nosso bairro. Instalamos o cursinho no centro espírita que freqüentamos, chamamos nossos amigos para serem professores e em menos de um mês estávamos inscrevendo os nossos novos alunos. Eu dava aulas de Literatura. Havia uns 12 professores e uns 25 alunos. Rapidamente criamos um grupo tão coeso e fraterno que muitos daqueles alunos são meus amigos até hoje. Nós éramos jovens, burgueses e idealistas. Nunca havíamos dado aula de nada, mas tínhamos um envolvimento tão grande com o projeto que tenho certeza que a nossa imaturidade não influiu de forma nenhuma na qualidade do cursinho.

Como eu era a que morava mais perto do local, fui nomeada coordenadora do grupo. Fazia de tudo, ligava para os professores, tapava buracos, organizava as reuniões. Os nossos professores eram muito bons. Lembro de alguns que, impossibilitados de dar aulas durante a semana por causa da faculdade ou de outros compromissos, vinham dar aulas aos domingos, às 8h e o mais impressionante de tudo era que os professores deste dia moravam a 25 km do local, ou seja, cruzavam a cidade para chegar.

Foi durante aquelas aulas que descobri e confirmei a minha vocação para sala de aula e que em vez de Direito e Jornalismo, deveria fazer Letras e Jornalismo. Isso foi um dos maiores acertos da minha vida. Nas aulas eu também aprendia muito. Aprendia sobre o mundo vizinho ao meu, mas que era completamente desconhecido aprendia sobre tudo. Crescia demais. E eles nos agradeciam pela possibilidade de sonhar com uma universidade e diziam-nos que eles iriam multiplicar aquela experiência.

Hoje parte deles está se formando ou já estão formados. Passaram na Universidade Federal de Pernambuco, são biólogos, assistentes sociais, historiadores, pedagogos, contadores e artistas plásticos. Tenho orgulho de todos. E falo sobre isso pq sei que eu e aqueles professores fomos pequenos instrumentos diante da vitória que significou a profissionalização na vida deles e, sobretudo, que nosso ganho pessoal foi muito maior.

Talvez poucas pessoas imaginem a dimensão daquela época pra mim. Mas tudo ali, mudou definitivamente a minha existência.

P.S. 1: No ano da fundação do GEP (Grupo de Estudos Pestalozzi, que tinha tb como slogan: ampliando horizontes) eu passei em Letras e Jornalismo. Foi o ano que menos estudei na vida, pois dedicava-me integralmente ao GEP.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Qual a sua relação com o cinema?

Diversas vezes polemizo com algumas pessoas próximas quando elas me dizem que cinema é apenas entretenimento. Para mim não é. Pq acredito que a experiência que temos com a sétima arte vai muito além da pura diversão. É algo único e de alguma forma transcendente. Portanto, não me chamem para assistir besteiróis americanos ou dramalhões estilo novelas mexicanas. Posso até assistir a estes filmes em casa de bobeira, quase inconscientemente, sonoletament, mas na sala escura nunca, jamais.

Até entendo de alguma forma esta proto-compreensão que os espectadores têm do cinema. Sendo a arte cinematográfica filha legítima da sociedade burguesa moderna é natural que a atrelemos como algo ligado exclusivamente à diversão. No entanto, a construção de códigos e linguagens específicas fez com que o cinema subverta a lógica dos meios de comunicação de massa, portanto, a possibilidade de fruição que existe diante de um filme pode ser muuito mais interessante do que supomos. Neste sentido, há alguns filmes que são emblemáticos nesta tentativa de possibilitar experiências artísticas. De cara, poderia citar um monte, mas que tal Acossado, Band a part, A chinesa? Claro que os títulos são todos godardianos pq ele é a síntese desta proposta de cinema-experiência. Mas há ainda outros filmes que são interessantes e que vão nesta direção: gosto de cereja e irreversível. Cada um de um modo diferente. No entanto, eles não são emblemáticos pra mim, considero-os apenas interessantes, nada mais.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Boas novas

O som da Mallu Magalhães foi umas das coisas mais bacanas que descobri nos últimos tempos. Ouví-lo me remete ao tempo da esperança, dos sonhos e, sobretudo, da inocência. Época em que brincava de Jogo da Vida, casinha de boneca, escolinha e todas as noites saia de casa pra correr na rua com as minhas vizinhas. Foi uma época boa. Não voltará jamais. Então, quando deparo-me com uma musicalidade tão pueril, tão singela fico com aquela impressão de que apesar de tudo, ainda há esperanças.

Gosto da pegada new folk dela. Tem também o lance dela ser parceira do Marcelo Camelo que tb considero um grande compositor e músico. O timbre da voz dela diz tudo: há uma doçura no ar. Talvez ela mude com o passar do tempo, mas as minhas sensações diante das suas músicas continuarão as mesmas.

Em tempo: tento conhecer a produção das novas gerações pq senão fico totalmente out entre as adolescentes que converso. Também gosto de ouvir coisas novas pq sempre surgem grandes surpresas como a Mallu Magalhães.


domingo, 16 de novembro de 2008

domingo

vivendo um clima de romance e devorando um pote de sorvete de graviola. tem coisa melhor?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Radiohead vem aí, eu vi

A notícia do show do Radiohead aqui no Brasil que vi ontem no site do grupo (http://www.radiohead.com/tourdates/) deixou-me muito contente. Quando vi na segunda-feira que eles viriam para o Chile, pensei em voar pra lá, mas preferi esperar. Essa banda inglesa desperta algo em mim que não sei explicar. Uma coisa meio transcendental mesmo. E os vocais de Thom Yorke me levam ao nirvana.

Confesso que estou numa fase totalmente Radiohead e na última semana coloquei todas as músicas de In Rainbows no meu ipod. Muito bom este álbum. Pra mim ele está só um pouco abaixo de Pablo Honey, Ok Computer e Kid A. All I need e Nude são as duas faixas que mais me chamam atenção. Além das músicas, gostei também da estratégia de lançamento do disco, que deixava livre para os internautas o preço do valor que devia ser pago para o download das faixas.

Tenho amigas que quando entram no meu carro e escutam Radiohead dizem que o som da banda deixa deprimidas. A música deles me remete a outras sensações, bem distantes da depressão. Thom Yorke e Cia. pra mim são perfeitos com seus acordes dissonantes, suas experimentações e letras cool. Não sei, mas por tudo isso, acho que pra minha geração, ou seja, aqueles que nasceram nos primeiros anos da década de 80 e começaram a consumir música na metade da de 90, o Radiohead fala muito mais do que Madona, mesmo sendo ela um ícone pop e tal. Gosto da Madona, mas vou pro show Radiohead.

O Radiohead lembra-me a Alemanha e o cosmopolitismo de Berlim. Às vezes, esqueço que eles são ingleses.Na verdade, ligar o grupo aos germanos deve-se ao fato de eu ter conhecido a banda na época que me apaixonei por um alemão que foi morar no meu prédio. Era 2003/2004 época de Hail To The Thief e There, there foi a nossa música. Nunca havia me envolvido por um estrangeiro e aquela paixonite tinha grandes contornos de exotismo e curiosidade. Foi tudo muito curto. A partir deste flerte passei a ver a Alemanha com outros olhos, comecei a estudar alemão e a sonhar em morar lá. Quando ele foi embora, chorei horrores. Vivi a maior fossa, detalhe: sem nunca tê-lo beijado. Esta é a melhor parte. J



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Losing my religion

tudo me compele a São Paulo.
Bienal,
mostra na cinemateca
REM


terça-feira, 11 de novembro de 2008

A literatura como militância

Falar de Literatura nos dias de hoje pode parecer uma coisa desproposital, fora de moda. Cada vez mais sinto que as novas gerações estão distantes do universo literário. E, aqui, considero exclusivamente a arte literária, algo como alta literatura mesmo (apesar de achar este termo muito problemático). Então, neste caso, estão fora os blockbusters literários, livros de auto-ajuda e novas ondas do mercado editorial.

Compreendo que o momento histórico é outro e que as tecnologias da informação possibilitaram um novo tipo de relação com o texto artístico, modificando também a aura da literatura. Portanto, acredito que defender a Literatura na contemporaneidade é uma atividade política, uma militância. Lembro neste sentido, que me sentia exemplarmente engajada quando falava aos meus alunos sobre a arte literária, com suas especificidades, riquezas e escritores geniais.

Eu tentava passar pra eles minha paixão e todas as emoções que vinham dela. Eles eram burgueses (a Universidade era Federal, grande concentração de renda e tal) e haviam nascido nos últimos dois anos da década de 80. Em alguns momentos sentia uma certa resistência entre os estudantes de publicidade que acreditavam presunçosamente que a publicidade era superior a todas as outras expressões. Outros de jornalismo e radialismo também resistiam um pouco, talvez pq para eles a internet e o cinema eram superiiores também. No entanto, em vários momentos ficava profundamente tocada quando percebia em cada expressão o detalhe que revelava a curiosidade e o encantamento diante do texto. Em uma das aulas, cheguei a chorar quando vi que a poesia expressa nos textos de Raduan Nassar tinha de alguma forma modificado o contato daqueles alunos com a Literatura. Era Lavoura Arcaica. Foi lindo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

reflexionices

queria ser mais leve, menos racional. ser como algumas pessoas que conheço que não se submetem a reflexões existênciais pelo simples fato de que para elas tudo o que se apresenta explica-se sozinho sem metafísicas ou divagações. admiro essas pessoas que conseguem educar seus filhos, viver suas vidas, seus amores sem pensar, sem tentar ver algo extra alguma coisa. eu não consigo ser assim. sou racional, reflexiva, tento ver tudo com alguma profundidade, alguma relevância pseudo-filosófica. não que eu consiga ser assim sempre, mas algo em mim me compele a isso. depois que fiz o mestrado então, aí é que passei a ser ainda mais "análitica". hehehe. mas há momentos em que não dá pra ficar teorizando, refletindo né? mas confesso que o peso da proto-densidade é extramamente prazeroso pra mim.

domingo, 9 de novembro de 2008

pseudo-musicologismos

vivi duas experiências musicais na última semama: o concerto da Osesp e o filme Saravah. No primeiro pude perceber de perto o virtuosismo de uma orquestra com 120 músicos (aqui no Recife só estavam 105). Era tudo tão perfeito que confesso que ficava procurando em alguns momentos um erro, uma entrada sem sincronia, uma nota errada e tal. Mas não aconteceu. Gostei do programa também. Teve Camargo Guarnieri, Verdi e Mahler. Teve também Clóvis Pereira - a parte mais emocionante para o público pernambucano, pq o Clóvis estava na pláteia. A Osesp sempre foi uma grande referência pra mim. E segundo os críticos, é a orquestra mais importante da América Latina. Em vários momentos durante o concerto emocionei-me e nem sei o motivo. Nem conheço muito música clássica assim, mas fui tocada. Durante o espetáculo tb lembrei-me dos tucanos, especialmente Mário Covas e FHC, que têm um certo envolvimento com o projeto Osesp e tal. Nisso aproximo-me deles, já o resto... Agora o Jonh Neschling merece um capítulo especial nas minhas observações: lembrei de cara das acusações que giram em torno da sua administração à frente da orquestra (lembro ter acompanhado toda a polêmica pela Folha há um tempo). Também pensei na Patrícia Melo, sua esposa, e no seu livro Valsa Negra que dizem as más línguas ser um pouco inspirado no universo do marido e no próprio regente. Pensei: será que ele vilão? Será que é mocinho? Torço pra que ele seja vilão, prefiro os gauches. Neschling é o cara.

A outra “experiência” musical foi assistir Saravah no sábado passado, dia 1, durante a a mostra. Sei lá, quando a gente vai mostrar a outras pessoas uma música, livro ou filme que vc é apaixonado fica sempre aquela sensação meio estranha de saber se o seu tal obj. de veneração tocou tanto o outro como toca vc. No caso de Saravah, nem gosto tanto do filme assim, mas aqueles personagens são muito significativos pra mim. Aí, perceber que no meio da sessão as pessoas estavam tão envolvidas pela proposta que cantavam junto foi bem tocante pra mim. Fiquei comovida. Mas voltando ao filme, depois de assisti-lo fica aquela sensação de que nasci na geração errada ou que aquela geração era bem melhor. O filme é um documentário de francês, Pierre Barouh, que, encantado pela Música Popular Brasileira, vem ao Brasil filmar ícones como Bethânia (que aparece linda, supernovinha), Pixinguinha, João da Baiana e o lindíssimo Paulinho da Viola. Então, a partir do encantamento e da possibilidade de conhecer a nossa MPB ele senta com a galera no bar, toma cerva e aí os nossos orgulhos nacional começam a cantar lindas canções. Tudo tão lindo, perfeito. Referi-me apenas à música, pois o filme tem lá minhas ressalvas.


Eu sempre fui muito atraída pela música, tudo como leiga, claro. Na música não consigo racionalizar nada. Apenas sinto e ela me faz tão bem. Tenho uma música pra cada momento da minha vida, cada paixão, cada sensação. Para os meus últimos amores, por exemplo, dediquei silenciosamente canções da banda Nouvelle Vague e Belle & Sebastian, respectivamente. Tive um namorado antigo que depois de acabarmos tive que suspender temporariamente do meu Ipod Zeca Baleiro e Vanessa da Mata, pois ouvi-los me fazia reviver cada frase, cada gesto que àquela altura soavam-me extremamente doloroso. Hoje, retomei o Zeca e abandonei a Vanessa.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Nas coxas também é bom

Há um tempo tenho feito as coisas de uma maneira que está bem distante do meu ideal. Tudo muito corrido, sem tempo para ser perfeccionista ou para ser melhor. Parte disso tudo, devo a mim pela minha incapacidade de dizer não e pela minha falta de habilidade em organizar melhor meu tempo.

Lembro, por exemplo, que há dois anos, quando conclui o curso de Letras, tive que fazer a monografia final em um mês praticamente. Loucura total. Agora tenho uma qualificação para até o final do mês e neste caso terei que escrever...umas 40 páginas.

Vai ser nas coxas né? Agora, apesar de tudo, nas coxas também é bom. Como falava um ex-chefe meu: dá prazer e faz menino. hehehhe

domingo, 2 de novembro de 2008

no batente

final de semana trabalhando. engraçado né?
sexta, sábado e domingo de plantão e sem direito a folga na segunda. hehehe.
adoro.

quem mandou brincar de ser curadora de cinema. mas no fim, depois de tudo, dá um baita prazer.