sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

As luzes do meu quarto ficam vermelhas e pedem distância

Todas as noites quando vou dormir e vejo as luzinhas da tv, do aparelho de dvd e do som, no modo stand by, acesas, agradeço a Deus por ter feito parte de outra geração: a dos que viviam independentes dos aparelhos eletrônicos.

Quando eu era criança, assistir televisão não era uma atividade tão interessante, pois ela concorria com a bicicleta, as brincadeiras na rua, a casinha de bonecas. Então, não tenho muita memória televisiva, exceto alguns Shows da Xuxa e outros desenhos animados. Lá em casa a gente não via muita tv mesmo e só havia uma, no quartinho escondido. Por falta de grana e de interesse tb nunca tive videogame. TAmbém não tinha esse lance de ver filmes em casa, pois só conheci o video cassete no final da década de 80 (acho que em 88 ou 89) e mesmo assim não tínhamos fita e nem grana pra tá locando sempre. Lembro que os primeiros filmes que vi no vídeo cassete foram Indiana Jones e Viagem Insólita. Computador só entrou na minha vida no final da década de 90 e internet tb. A mesma coisa foi o celular e o DVD, que chegou a minha casa em 2003 ou 2004, não lembro direito.

Hoje minha vida está indissociável destes aparelhos e lamento muito ser assim. Ainda mantenho o hábito de ver pouquissima tv, no máximo umas três horas por semana, mas internet e computador fazem quase parte do meu ser. Mas o que me consola mesmo é lembrar que tive uma infância de verdade, recheada de brincadeiras e de histórias e que graças aos meus pais, que sempre estimularam-me a manter a distância saudável dos eletrônicos, pude viver outros tipos de experiências.


foto egolombra mesmo. só pra lembrar da minha infância


Um comentário:

Anônimo disse...

Aprendi muito