quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nelson por Joãozinho

eu tava são sem inspiração para escrever hj. Quando eu ia dizer isso aqui, ocorreu-me de colocar um vídeo do Nelson Freire, já que estou ouvindo-o agora, aí a ideia de falar dele surgiu rapidinho.

Não conheço muito música clássica, infelizmente. Estou tentando desvendar este mundo tão magnífico e de repente neste caminho surgiu o Nelson Freire. Eu não sei o que é, mas ao ouví-lo fico tomada por um encantamento, uma coisa meio sem explicação. Depois, foi que descobri que milhares de pessoas tb tem esta sensação e que o mineiro é simplesmente um dos maiores pianistas brasileiros.

Meu segundo contato com ele foi na novela Páginas da Vida. Sua gravação de uma música, acho que era Melodia para Orfeu e Eurídice do Rachmaninov. Traduz uma singeleza e ao mesmo tempo uma dramaticidade que corta meu coração. Aí pronto, apaixonei-me perdidamente pela composição e ainda mais pelo Nelson.

Tempos depois, assisti ao documentário do João Moreira Salles sobre o pianista. O filme é lindo e parte da grandiosidade dele está justamente nos silêncios. Talvez este filme Santiago e Jogo de Cena tenham sido os melhores doc brasileiros que assisti até agora. Nelson Freire, o documentário, é contido, preciso e virtuoso, tal qual o personagem. Nele não há aquela coisa over que existe quando se cinematografa uma personalidade. Ele é uma espécie de filme especular, pois reflete com propriedade o artista.

Assistam e ouça Nelson Freire, sempre.

Bravíssimo




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